sexta-feira, dezembro 28, 2007

Retrospectiva 2007?

Como não poderia deixar de mencionar algumas coisas comoventes que aconteceram neste ano de 2007, faço uso de algumas palavras para definir o fim deste bom, mas conturbado ano que termina. Só as palavras Fé e Esperança para mim são oportunas neste momento. Por quê?


Vivemos uma guerra todos os dias. Uma vida conturbada e exaustiva para garantir um pouco de conforto em nosso lar. Vivemos um verdadeiro bombardeio de promessas e projetos para curto, médio e longo prazo. No final das contas, sobra apenas a fé de que tudo melhore, ou ainda a esperança de que um ano melhor vai começar.


Digo isso não por insatisfação ou desabafo, mas pela rotina que todos nós temos que cumprir. Uma vida de escolhas orientadas para um dito "progresso" social que nunca chega. Sempre estamos cansados, procurando algo para amenizar esse impacto da vida. Nos regozijamos nas diversões sociais, nos brinquedos do avanço técnico, mesmo assim falta algo que preencha nossa vida de trabalho. Meu trabalho intelectual me pareceu tão firme e confiante, contudo existem horas que você não possui criatividade para nada. Fico a imaginar como os escritores conseguem pensar tanto para construir suas histórias. Digo que histórias criativas são aquelas em que não se precisa recorrer ou criar estereótipos.


Este ano foi muito exaustivo para mim. Para o próximo ano tenho muitos projetos. Mas como alguns dizem: "Projetos sempre teremos, mas Deus os modifica ou cria outros para nós". O ano que vem é incerto, assim como é incerto o futuro. Poderemos um dia respirar em paz, ou isso é algo da própria natureza? Nascemos, morremos, é um círculo.

domingo, dezembro 02, 2007

Sucesso do I Colóquio

O I Colóquio de Filosofia da Faculdade Católica de Uberlândia foi um sucesso. Houve uma participação expressiva em comunicações e inscrições para o evento. Ao todo foram 64 comunicações, 12 mini-conferências e 26 inscritos como ouvintes. Totalizando, a participação geral do evento contou com102 inscrições. Em todos os momentos da organização, tudo foi cuidadosamente preparado para que todos fossem bem acolhidos.

No dia 30 de novembro, às 19h30, o diretor geral da Faculdade Dr. Pe. Sérgio de Siqueira Camargo proferiu a conferência de abertura com o título: Ética e Cidadania em Eric Weil. Muito bem articulada e elogiada, Sérgio de Siquira atraiu a atenção e os aplausos do público que o ouviam, sendo tal noite, um grande sucesso. Nessa mesma noite contamos com um evento artístico-filosófico com o Fábio Peixoto, que trabalha música e Filosofia. Tal apresentação agradou e encantou o público que assistia facinado com o potencial artístico na reflexão filosófica.

No outro dia, Sábado de manhã, contamos com as comunicações dos estudantes e pesquisadores que tornaram públicas suas pesquisas acadêmicas. Da mesma forma se seguiu o sábado à tarde, encerrando nosso evento com brilhantismo.
O evento foi ótimo, e todos esperam outro melhor ainda.


domingo, novembro 25, 2007

Filosofia para o Futuro

No último dia 15 de novembro, o país comemorou os 118 anos de proclamação da República Federativa. O que me choca mais é saber que ao longo desses anos nada mudou de substancial na política e nas atitudes das pessoas. A corrupção, a indiferença, o preconceito social e racial, e principalmente, a concentração de riqueza nas mãos de uma pequena parcela da população. Isso talvez seja a única herança que deixaram os monarcas portugueses no Brasil, depois que levaram quase toda a nossa riqueza em ouro e madeira para Europa. O feito histórico da Proclamação da República deveria ser lembrado por todos como o início de um tempo de mudança na organização social e cultural do país. No entanto, muitas pessoas nem sabem o que se comemora no feriado do dia 15. Pensam apenas em se divertir e descansar da estressante rotina de trabalho.
Os historiadores afirmam que o golpe liderado pelo Marechal Deodoro da Fonseca não obteve um expressivo apoio popular. Muitos não se encontravam empolgados com o novo regime. Uma coisa porém é certe, o país precisava de uma urgente reforma política, mesmo que isso fosse iniciativa de poucos. Ainda hoje precisamos de muitas outras reformas políticas, com destaque para a educação. Educação é o fenômeno que nos faz agir de maneira esclarecida. Esclarecimento é a maturidade da razão, ou seja, quando se pode seguir com suas próprias convicções. Para alguns, isso significa ser dono do próprio nariz. Mas se colocarmos em evidência outros fenômenos sociais que nos certam, como por exemplo, os propósitos de um mundo administrado que exige das pessoas uma relação de troca. Estaríamos condenados a oferecer algo em troca de nossa sobrevivência. Para que não sintamos os efeitos desse processo, recebemos de antemão, bens culturais. Poesia, literatura, cinema e música se tornaram arte de relaxamento hoje, e a educação virou mercadoria na mão de muitos. A educação do Estado também se transformou numa preparadora de mão de obra qualificada. Sua meta são pessoas esclarecidas pela metade. Expertos no que fazem e burros no que acham. Assim podem ser mais controláveis. A educação total do homem deve promover o contrário disso, deve emancipá-lo no todo, não apenas nos conhecimentos técnicos, mais no humano e no social. Isso não se faz apenas pedindo para que se decorem datas e momentos históricos. Isso se faz com a reflexão e com a crítica, dois eixos de suma importância para Filosofia. O investimento filosófico transformou a Colômbia.
Acredito que a Educação do país deve investir em Filosofia, para promover o esclarecimento total do homem. Ela desvenda o que está oculto e disseminado na sociedade. Ela é importante para promover a verdadeira democracia que a Republica deve ser. Seu valor é tamanho que a UNESCO atribuiu a terceira quinta-feira do mês de novembro o dia Internacional da Filosofia, que coincidentemente caiu no feriado do dia 15 de novembro. Por isso, coincidência ou não, foi o momento de pensarmos as bases de nossa Republica e o projeto de transformação da realidade brasileira, para que o futuro do país seja pleno para todos e não para poucos.

sexta-feira, novembro 02, 2007

I Colóquio de Filosofia

Um evento científico procura proporcionar o diálogo com a pesquisa e a extensão universitária. Também é de praxis promover a difusão do trabalho academico no ambito institucional, mostrando assim, que cada faculdade está comprometida com o novo, com as perspectivas de criação e originalidade.
O I Colóquio de Filosofia da Faculdade Católica de Uberlândia visa espalhar na comunidade esse sentimento da pesquisa. O evento não só se destina aos mestres da casa como é aberto a todos que desejam comunicar seus trabalhos. Nossa meta é mostrar que o curso de Filosofia é local de produção, de objetividade e de qualidade. Não se pensa apenas os conceitos, mas procura dar sua contribuição social no campo das ciências. Agora ninguém pode dizer que Filosofia não serve para nada. Pelo contrário, a Filosofia serve para que quem nela se empenha possa construir um mundo melhor e mais humano.
Venha participar do nosso evento!
Acesse: www.catolicaonline.com e obtenha todas as informações.

quinta-feira, outubro 25, 2007

Televisão e Formação

"Eu seria a última pessoa a duvidar do
enorme potencial da televisão justamente no referente à educação, no sentido da
divulgação de informações de esclarecimento". T. W.
Adorno


A televisão pode servir para educar as pessoas? Com o volume de nóticias e de informações que este meio vincula na sociedade, podemos suscitar um pensamento crítico reflexivo por meio da televisão.
Tema: "Filosofia e Televisão: uma reflexão a partir de T. W. Adorno"
Local: Santa Mônica - Auditório do 3Q -UFU.

segunda-feira, outubro 22, 2007

Filosofia - Redação

Caros leitores e leitoras do meu blog, vejam a criatividade de alguns
alunos:

"O que você quer para sua vida"
Gabriela Menezes dos Reis

A escolha que devemos fazer para nossa vida é um ato muito importante e devemos arcar com as consequências deste. Eu quero me formar, mais especificamente para medicina, e quero constituir uma família, assim como todos. Em geral, os desejos de todos para o futuro são os mesmos como por exemplo ter saúde, uma boa condição de vida e financeira, e boa escolaridade. E também quero que não seja uma pessoa que não pense no que faz ou que não siga os princípios para mim ensinados como a honestidade, o respeito, a humildade e outros. É muito importante que eu seja uma pessoa feliz e que meus familiares também sejam dessa maneira. E como quero me tornar uma médica, quero poder ajudar as pessoas de forma correta e honesta. Eu quero me casar, ser mãe e também que os meus filhos sejam felizes. Hoje os bens materiais valem muito, por isso quero uma boa condição para poder dar o que minha família quer. A família é muito importante para mim e eu quero que eu seja importante para ela como ela será para mim. No mais eu quero felicidade e amigos.

domingo, outubro 14, 2007

Fidelidade Cambiável

Caros leitores e leitoras do meu blog:

Leiam meu artigo no Jornal Correio de Uberlândia

Clique aqui para acessar o artigo: Fidelidade cambiável.

quinta-feira, outubro 11, 2007

Literatura engajada

"A literatura não toca somente os
sentimentos, mais a consciência". W. F. Aguiar


Muitos nomes da literatura mundial ousaram denunciar em suas obras a realidade crua da indiferença e dos sentimentos mais mesquinhos dos homens. Autores que fizeram de suas obras um engajamento política. Eles perceberam que a sensibilidade estética pode se tornar uma forte arma contra as barbaridades do mundo moderno, como o preconceito, a violência e a massificação das consciências.

Quando Doris Lessing (1919-atual) recebeu o prêmio Nobel de Literatura, foi justamente pelo compromisso social que suas obras representavam. Não tinha ela a pretensão de escrever estórias para vender ou ser milionária, como muitos outros escritores fazem, mas preocupava-se em mostrar a realidade sombria das guerras e dos horrores contra os menos afortunados. Eram enredos que convidavam o leitor a se entregar em um mundo de reflexões e pensamentos. Um mundo em que as guerras significavam um retrocesso no desejo de emancipação humana.

Muitos escritores modernos e contemporâneos possuem esse mesmo sentimento que impulsionou Lessing em seus escritos. A parte negativa disso é o poder de absorção que a indústria do entretenimento consegue fazer dessas obras, justamente no intuito de fazê-las perderem seu caráter de denuncia. Porém, o material e a forma permanecem como potencialidade de transformação, e apesar dos efeitos psicológicos dos mídias, obras literárias como de Lessing podem despertar a consciência humana para um novo melhor.

sexta-feira, setembro 28, 2007

Opinião Pública

"As pessoas influenciam-nos, as vozes
comovem-nos, os livros convencem-nos, os feitos entusiasmam-nos". (John
Henry
Newman)

Desde tempos imemoriais, as pessoas se encontram para conversar e trocar informações sobre a vida alheia. Não se entenda isso como algo negativo; pelo contrário, tais conversas proporcionavam a integração das pessoas e seu contato com o mundo. Na época em que não se tinham os modernos meios de comunicação que agora dispomos, nossos antepassados se sentavam ao redor de uma fogueira e conversavam sobre a vida, o futuro e, principalmente, sobre o presente. Apesar de não estarem livres dos prejulgamentos ou estereótipos, as conversas motivavam uma ação. Essa ação, em um grupo pequeno, como era caracterizada a vizinhança ou vilarejo, significava uma solidariedade. Se alguém soubesse que fulano estava doente, prontamente ia ao seu encontro para oferecer-lhe auxilio. Comunicação é o meio de unir informação e atitude. Com o progresso, passamos a formar opinião pública.


A nossa opinião é formada mediante uma observação, reflexão ou juízo de determinado fato, objeto ou pessoa e, também de outra opinião ou juízo. Antes, porém, de exercermos a aplicabilidade de nosso ponto de vista, passamos todos os itens levantados pelo crivo de nossos critérios. Para julgar algo, usamos critérios estabelecidos seja no ambiente familiar, seja no meio social e cultural onde estamos inseridos. A problemática de nossa opinião não está no discurso que originamos do processo acima, mas na maneira como nossos critérios são formados. Uma pessoa que comete determinado crime, por exemplo: abuso sexual, estará sujeito a inúmeras explicações, de diferentes especialistas, sobre o porquê cometeu horripilante desvio de conduta.


Quando nossa sociedade passou a fragmentar o trabalho, especializando o conhecimento com o intuito de acelerar o processo de desenvolvimento técnico, fragmentou também as forma de sociabilidade e de relacionamento humanas. Psicólogos, filósofos, sociólogos e afins começaram a criar discursos próprios sobre como as pessoas julgavam determinado fato na sociedade. Mas estes são pequenos perante o grande formador de opinião, a saber, os modernos meios de comunicação.


Os fatos, as imagens e toda sua redação se aproximam da realidade, fazendo com que nos sintamos inseridos nos acontecimentos diários. Nossa opinião acaba perpassando o crivo dos fatos que surgem na TV e no jornal. Se um político é denunciado por corrupção, não consideramos o fator “denunciado” ou “acusado” como critério de possibilidade, e sim como sentença confirmada. Réu é aquele, segundo a lógica, culpado do crime até que se prove o contrário. A manipulação dos fatos criou uma nova maneira de julgarmos as pessoas. Julgamo-as segundo suas possíveis atitudes.


Quem goza de um prestigio maior nos meios de comunicação fará de tudo para que sua imagem pessoal não seja abalada por escândalos. Muitos políticos têm nessa máxima seu ponto principal de honestidade. Se as coisas são feitas às escondidas e ninguém fica sabendo, tudo é possível. Quando uma escolha representa uma repercussão pública, tudo deve ser considerado, pois a nova formadora de opiniões, a mídia, não será tolerante quando o que está em jogo são as consciências das pessoas.

quarta-feira, setembro 26, 2007

A noção do BEM

"Procurando o bem dos nossos semelhantes
encontramos o nosso". (Platão)


No tempo de Platão, a atitude das pessoas contava muito quando o assunto era o bem. Geralmente, as pessoas desejam o bem para si mesmas, não pensam que podem estar fazendo algo que, quando estendido a outrem, beneficia a si mesmo. O bem não é patrimônio individual, e sim coletivo. Quando desejamos o bem, ele só pode ser concretizado mediante a igualdade com os outros. Como podemos falar sobre o bem, se existem pessoas que vivem em situação sub-humana?
No mundo moderno, é impresso na consciência uma falsa idéia de bem e de integração social. O bem se torna produto de relações comerciais. O Bem virou sinônimo de satisfação e prazer. Logo, só adquirem essa satisfação aqueles que foram privilegiados pela sorte. Não é culpa do sistema, mas da pessoa que não quis mudar sua situação de miséria. Ora! Como pensar em uma sociedade justa e igualitária se na prática isso não acontece.
Assim, o desejo de bem se perdeu na história. Hoje sua visão de mundo se deturpou através das ações de interesse. Grupos específicos são privilegiados em detrimento ao sofrimento dos outros. Nos encontramos no inverso da afirmação platônica: "não faças o bem para o outro e você encontrará seu bem". É necessário mudar essa postura. Precisamos praticar a reflexão crítica e entender que somos humanidade e não indivíduos se degladiando.

quarta-feira, setembro 12, 2007

De volta às atividades

O homem vulgar espera do exterior as coisas boas e as coisas más; o homem que
pensa espera-as de si mesmo. (Chejov)

Graças ao demorado serviço de Internet, que só agora tenho instalado em minha residência, posso retomar minhas atividades neste blog. Fico feliz, pois agora aqueles que apreciam meus textos podem desfrutar da saborosa sabedoria que os filósofo querem compartilhar com as pessoas.

Na minha estreia, faço duras críticas a opinião pública, que se deixa influenciar pelos meios de comunicação. Muitas noticias que são vinculadas pelos meios de comunicação se esquecem do crivo da verdade, bondade e utilidade. Elas acabam moldando a decisão de muita gente, inclusive dos políticos.

Vejam o caso do Renan: o concelho de ética do senado só votou por sua cassação porque se viu pressionado pelos jornais, e também pelo voto aberto. Expor a imagem de um senador apoiando outro que se encontra mergulhado em denúncias de corrupção não soa bem para futuras eleições.
Por isso, meus caros amigos, só podia ter dado no que deu. Agora, como a votação no plenário é secreta, pode ser que o senador se dê bem. É só esperar pra ver...

segunda-feira, agosto 20, 2007

AVISO!

Caros leitores e leitoras do meu blog. Por motivos de mudança de endereço residêncial, e como o mesmo ainda não possui o serviço de internet instalado, informo que minhas publicações vão demorar mais tempo do que o previsto. Talvez o próximo mês retomo minhas atividades, e dessa vez com boas novidades. Aguardem...

Grato!

quarta-feira, agosto 08, 2007

O Brasil precisa ser mais justo!

A independência do Brasil, e logo em seguida sua
administração, foram dispositivos importantes para o controle e concentração de
riquezas nas mãos de poucos.
Os escândalos de corrupção que surgem no Brasil só mostram que sua máquina administrativa sempre foi usada por famílias da elite para beneficio próprio. A própria independência do Brasil possui vínculos fortes com essa tese. É por interesses de ricos fazendeiros e nobres que o Brasil se proclamou independente de Portugal, só assim, poderia deixar de pagar impostos a coroa e conservar para si sua riqueza, claro, para poucos.
A independência do Brasil, e logo em seguida sua administração, foram dispositivos importantes para o controle e concentração de riquezas nas mãos de poucos. Mas a história tratou de escrever uma página diferente. Aos poucos a ideia de liberdade, as teorias sociais foram encontrando espaço nestas terras tupiniquins, é muitos mártires que deram seu sangue por justiça e igualdade social estão sendo ouvidos. Muito coisa mudou e melhorou de tempos em tempos.
Hoje, não digo que as coisas estão melhores, afinal, ainda carregamos o peso do passado, mas não perco minhas esperanças de que nossa sociedade mude, reflita seu atos, tenham posturas diferentes, e saiba agir com verdadeira racionalidade. Se possuímos o mínimo de razão, poderemos transformar nossa país pelo voto. Tenho certeza disso!

quinta-feira, agosto 02, 2007

Filosofia e cotidiano!

Uma postura política se faz na
ideologia...
Se você acha que a Filosofia não influencia o preço de seu café com leite e o pãozinho de cada dia, você está redondamente enganado. As várias vertentes filosóficas impulsionaram a política, a democracia e principalmente o sistema capitalista.
Existem filosofias liberais que defendem uma abertura sem precedentes no comércio, nas exportações e importações e a livre concorrência. Existem filosofias conservadoras, onde a mão do Estado precisa estar presente, controlando, regulando e impedindo absurdos.
Cada decisão política depende da ideologia que se está seguindo. Um anarquista vota sempre contra o Estado, um republicano ou democráta vota sempre a favor do Estado. Os industriais votam na liberdade de mercado, de poder fazer o que bem entender com os bens produzidos, aumentar o preço ou diminuí-lo. E os revolucionários votam no fim do sistema.
Nessa luta de braços, uns ganham outros perdem. A batalha continua sempre, a guerra, ninguém sabe quem vence. A verdade de toda a postura política se pauta em ideologias. As ideologias estão movendo a máquina e tudo gira em torno das decisões que se toma ao redor delas. Um alerta para você.

sábado, julho 21, 2007

Caos aéreo!

Basta, queremos solução já...
Dez meses. Esse foi o interválo de um acidente aéreo de grande proporção com outra desastre no aeroporto de Congonhas. Quando vi a notícia pelos jornais, não acreditei, parecia que o acidente da gol foi a poucos dias e já outro terrível acidente acontece, dessa vez com um avião da TAM. É de se ficar perplexo.
Entre um acidente e outro muita coisa rolou quanto a discussão sobre o espaço aéreo brasileiro. CPI's foram criadas. Concursos para operador de tráfego aéreo foram realizados. Bate boca entre governo, aeronáutica e oposição ocupou espaços significativos no telejornal do país. Falamos muito, mas pouco tem sido feito.
Esse novo desastre aéreo só veio colocar mais lenha na fogueira. A dor, a revolta e o todo e qualquer sentimento melancólico que um ser humano pode expressar foi vivenciado pelas famílias, pelos brasileiros. Os motivos do acidente? Vários órgãos estão investigando, desde as forças militares até a polícia federal.
O fato é que não podemos mais continuar assistindo a falto de segurança que o Estado está disseminando na população. O medo de viajar de avião tomou conta de todos! Providências devem ser tomadas imediatamente. Até quando teremos que suportar esse descaso?

quarta-feira, julho 18, 2007

O esporte de ouro


A torcida brasileira merece uma medalha de ouro!


Considerado pelos gregos como algo indispensável a formação do homem, o esporte conquista mais e mais pessoas, que ficam encantadas com as inúmeras variedades de atividade que atletas do mundo inteiro praticam. São esportes conhecidos, outros novos, alguns em fase de aceitação. Me lembro, quando criança, de jogar "bete", um tipo de jogo parecido com o belsibol, mas que tinha regras e normas diferentes.

Qualquer que seja a modalidade, o tipo de manobra ou regra, o esporte, sem dúvidas, promove a melhoria das pessoas. Uma atividade física proporciona momentos de satisfação, de animo. Uma verdadeira vitamina para quem se sente indisposto. Aprendi isso! Ao começar com caminhadas regulares, obtive um melhor desempenho em atividades ociosas. Agora sei, e repasso a todos. Pratiquem esporte, faz bem!

Outra característica do esporte é unir as pessoas. Nestes jogos Pan-americanos, o Brasil está cada vez mais unido em torcer pelos seus atletas. Tenho observado na televisão o quanto a torcida brasileira é apoio para nossos competidores. Esse apoio dá uma energia a mais no jogador, pois ele sabe que representa uma nação em peso. Digo com todas as letras. A TORCIDA BRASILEIRA MERECE UMA MEDALHA DE OURO. Ela está de parabéns pelo enorme apoio aos nossos atletas.

Em fim, esporte é isso, é saúde, é lazer, é fraternidade e união. Que esse valores continuem permeando o espírito de muitos jovens que praticam atividade esportiva. Com certeza, a vida deles e a nossa será bem melhor.

segunda-feira, julho 09, 2007

Redações sobre a liberdade!

Você, internalta que navega no meu blog, terá a oportunidade de ler algumas redações feitas por alunos do Colégio CESIL (Centro Educadional Sonho Infantil), sobre a liberdade. Como será que nossos amiginhos entendem por liberdade e Filosofia?
"O mundo é grande e grandes momentos de escolha acontece em vários lugares em várias sociedades. Cada um de nós temos a liberdade de escolher o que é melhor para o nosso bem estar. A escolha em várias situações da nossa vida é feita individualmente. Mas existem e acontece muitas vezes situações em que não temos escolhas, ou seja, a vida, a sociedade e até mesmo nossos governantes acabam impondo para nós condições em que temos a necessidade de agirmos de forma que se pudessemos escolher jamais seria assim. Por isso devemos usar nossa liberdade de escolha para sermos cada dia mais integros e mais humanos, diante das situação em que não temos escolhas, ainda assim devemos nos mobilizar para uma luta contra as privações de nossas escolhas e decisões."
Raissa Duarte Teixeira, aluna da 7ª Série, Colégio Cesil.
"O ser humano passa por momentos de escolha, uma delas é a passagem da adolecencia para a idade adulta. A partir do momento em que passamos a ser independentes assumimos responsabilidades que antes não tinhamos. A idade adulta é onde escolhemos, vivemos trabalhamos, e com quem conviver. A sociedade (influência externa) acaba fazendo, mesmo sendo independentes, com que sejamos influênciados em escolhas como o melhor trabalho, o tipo de música, a roupa e até mesmo influênciando diretamente em nossa vida. A influência da sociedade acaba influenciando muito nas escolhas desses novos adultos, pois o acumulo de nosvas responsabilidades e a pressão interna e externa de não cometer erros que acaba confundindo o ser humano".
Vitor Gabriel, aluno da 7ª Série, Colégio Cesil.
"Na sociedade atual estamos expostos a escolher o que queremos indiretamente ou diretamente, muitas pessoas deixam se enfluenciar em suas decisões por conta do mal comentário da mesma que fala justamente para 'o ajudar' mas sem saber está atrapalhando tanto na personalidade quanto na liberdade de escolhas dessa pessoa. Todos nos devemos ter o direito de ser livres ou seja pensar o que queremos e agir como quisermos, mais a atos que são escolhidos pelas pessoas que a atrapalha a maioria da população e beneficia pequena parte, essas decisões são condenadas pela política e pelos cidadãos prejudicados gerando penalidades, para os que cometem como é o caso do roubo e tráfico. Muitas pessoas entram nesse 'mundo obscuro de tráfico e drogas' por influência de amigos deixando de usar a sua própria liberdade de escolhas e acaba sendo prejudicado".
Isabella Cardoso Borges, aluna da 7ª Série, Colégio Cesil.

quinta-feira, junho 21, 2007

Caderno de Estudos Filosóficos

É com muita alegria que o curso de Filosofia da Faculdade Católica de Uberlândia está lançando seu segundo volume do Caderno de Estudos Filosóficos. Uma revista de pesquisa que visa promover o diálogo da instituição com as demais áreas de atuação filosófica do país.
Graças a inúmeros esforços, tanto de professores como de alguns alunos do curso, foi possível desenvolver esse trabalho, ao qual faço parte. Muito enriquecedor para minha formação profissional. Já está em andamento um artigo que escrevi para ser publicado no Caderno. Esse artigo é fruto de uma pesquise que fiz na graduação e que agora estendo para a pós-graduação, no mestrado em Filosofia da UFU.
As conquistas que adquirimos ao longo dos anos se devem, primeiro, a nossa coragem e dedicação e, principalmente, quando superamos o medo de escrever, de transmitir idéias e de fazer acontecer o novo.
Precisamos perder o medo e criar bons frutos para nossa sociedade.
Adiquira seu volume pelo telefone: (34) 3236-0336

terça-feira, junho 19, 2007

O jogo da sinceridade

Ir até o encontro da sinceridade tem seus atropelos. É comum fazer desse gesto um meio de conseguir vantagens ou benefícios que a ele são alheios. Jogar com a sinceridade pode prejudicar um relacionamento ou uma amizade, que levou muito tempo para se constituir. Assim, nem sempre quem é sincero é verdadeiro.

sexta-feira, junho 15, 2007

As escolhas para vida



"A escolha certa acontece ao longo da vida. Se você acha que encontrou o caminho
para esse problema, seguindo o que os outros recomendaram ou o que o comodismo
lhe proporcionou, você está errado e vai se frustrar"



Nós, enquanto seres humanos, passamos por um processo natural de desenvolvimento ou de vida, que pede de nós uma atitude. O ciclo do nascer e do morrer exige de nós várias escolhas. Escolher é difícil. Estamos sujeitos às vantagens e desvantagens que elas nos trazem. Entretanto, precisamos tomar uma decisão e, o momento da decisão nunca é fácil. Existem pessoas que desde pequenas já possuem aquela “aptidão” ou “vocação” para uma atividade, mas a grande maioria não sabe o que quer fazer.
A escolha certa acontece ao longo da vida. Se você acha que encontrou o caminho para esse problema, seguindo o que os outros recomendaram ou o que o comodismo lhe proporcionou, você está errado e vai se frustrar.
Encontramos hoje no mercado de trabalho, ou melhor, no mercado de formados, muita gente frustrada e acomodada. Essas pessoas não viveram o momento especial de, “epá, espere um pouco, isso não é o que eu quero”, e voltar atrás na escolhe que fizeram.
No mundo hodierno, o mercado competitivo de trabalho exige gente capaz de se arriscar, de encarar novos desafios, de trabalhar em equipe, de ser o diferencial. Por isso, pessoas que não se interessam em se arriscar e viver o acaso, raramente são profissionais felizes. Muitos são mercenários, fazem mais pelo dinheiro do que pelo prazer de se estar prestando um serviço à comunidade.
O que norteia o problema das escolhas é justamente isso. A formação que recebemos deve proporcionar o nosso interesse pela comunidade. Deve despertar em nós paixões e valores especiais. Perdendo os valores, perde-se uma chance de construir uma vida feliz e uma contribuição à comunidade.
Todos os fenômenos que acontecem em volta da pessoa indecisa são importantes para ajudar na escolha. Os meios de comunicação: rádio, tv, internet, jornal, que passaram a unir mais as pessoas como uma grande comunidade global, exibe fatos que levam o jovem a pensar seu futuro. É realmente importante a contribuição que esses meios proporcionam ao adolescente.
Outras pessoas também influenciam na decisão. Pai e mãe, tio, avó, primo ou amigo, estão sempre nos sugerindo algo. Isso é importante, mas devemos dosar e perceber o que é “capricho” de alguns, ou realmente uma ajuda.
Em qualquer momento da vida estamos sujeitos à mudança, não importa se escolhemos uma profissão legal, que se identificou com nossos desejos e anseios, às vezes acabamos trocando de lado. O homem está em plena transformação e dizer que já estamos certos de algo é muito arriscado.

As escolhas da vida são complicadas mesmo, não devemos nos desesperar. Devemos trabalhar todas as possibilidade e perspectivas, sermos fortes, buscar o novo. Por conseguinte, vamos nos apoiar naquilo que nos une, nos valores que praticamos e como pessoas que também erram, lutam para construir um futuro melhor, tanto na vida como de outros.

sexta-feira, junho 08, 2007

As três peneiras de Platão

Refletir nossas palavras significa progresso, amadurecimento. Uma nação progride quando seu povo é consciente de seu papel político e ético. Tal característica se constrói com a auto-reflexão crítica e participativa, em face da regressão massificante dos meios técnicos.
O que o filósofo grego Platão pode nos ensinar a respeito das notícias que damos dos outros? Será que estamos sendo éticos quando falamos sobre alguém ou “fofocamos” sobre algo que não estamos certos de que realmente aconteceu? Para responder essas perguntas, apliquemos o método das três peneiras do filósofo.
Certa vez, um homem ilustre de Atenas foi ao encontro de Platão para lhe reportar uma notícia intrigante. Quando o encontro, antes que lhe dissesse algo, o filósofo o interrompeu dizendo: O que tens para me contar passou pelas três peneiras? O homem ficou na dúvida: Como assim? Platão então respondeu: o que tens pra me dizer é algo verdadeiro? O homem respondeu: Bem, acho que sim, afinal é algo que andam dizendo por aí. Platão, então, repreende: Se não é verdadeiro, não é ético dizer. Mas o homem insistiu com o filósofo, e ele, porém disse: Se não é verdadeiro o que queres me dizer, ao menos é bom? O homem duvidoso afirmou: Bem, é algo não muito bom, triste inclusive. Platão argumentou: Então, também não interessa dizer. O homem tentou mais uma vez convencer Platão a ouvir a notícia, mas o filósofo, outra vez, perguntou: Essa notícia tem algum fim prático? O homem respondeu: Não, na verdade é só uma notícia, não tem finalidade nenhuma. Platão, então disse: Essa notícia, valor algum tem, pois não passou pela prova das três peneiras: verdade, bondade e utilidade.
Assim, muitas vezes, o que dizemos para alguém não passa pela prova das três peneiras, e com isso, infestamos a mente das pessoas com intrigas, fofocas, mentiras e ofensas, prejudicando nosso relacionamento humano. Quando não paramos para pensar no que dizemos, cometemos erros e injustiças com outras pessoas, ferindo sentimentos e criando desilusões.
O filósofo Platão nos ensina, com essa história das três peneiras, um valioso mecanismo de analise do que se diz ou faz dizer dos outros. Nossas conversas, os noticiários, os escândalos políticos e institucionais, tudo isso, deveria ser peneirado por essas três palavrinhas: verdade, bondade e utilidade.
Uma notícia deve ser verdadeira, pois nela envolvemos o caráter de pessoas como nós, que possuem família e dignidade. Também deve ser boa, pois quando se propaga o mal, ele cresce e se generaliza em violência física e psíquica, criando barbáries no mundo. Por último, deve ser útil, ter um fim prático, pois se ela apenas serve para ofender ou denegrir, não está em conivência com o propósito humano de ser feliz, apenas suscita mais ódio e rancor.
O ensinamento platônico serve para pensarmos os dizeres que fazemos dos outros. Não só o nosso como também o de grandes instituições. Refletir nossas palavras significa progresso, amadurecimento. Uma nação progride quando seu povo é consciente de seu papel político e ético. Tal característica se constrói com a auto-reflexão crítica e participativa, em face da regressão massificante dos meios técnicos.
ATENÇÃO:
Aos anônimos que ficam colocando comentários sem conhecimento em Filosofia, por favor prestem atenção. Sócrates nunca escreveu nada! O que sabemos de Sócrates é graças a Platão. Mas até onde o que Platão escreveu é realmente de Sócrates ou apenas algo criado pelo Filosofo e atribuindo ao seu mestre Sócrates? Então, quem escreveu foi Platão, que o atribuiu a Sócrates.

segunda-feira, maio 21, 2007

As injustiças

"A JUSTIÇA É CEGA, MAS A INJUSTIÇA PODEMOS VER"
Se entendermos por injustiça aquilo que é contrário à justiça e, esta por sua vez, que significa uma atitude para garantir nossos direitos, então, me parece haver na sociedade uma forma de injustiça camuflada na idéia de “justiça” e uma forma de justiça escondida em uma aparente “injustiça”. É visível tal realidade quando fazemos uma revisão de nosso modelo de sociedade liberal.
Muitas pessoas acreditam que se vive num país onde nossos direitos estão resguardados por uma Constituição Federal. Esta faz a promessa de garantir a liberdade de expressão, de igualdade perante o tribunal e da obrigação do Estado em promover o essencial para se viver com dignidade.
Todavia, um olhar atento para realidade - e digo que seja realidade vivida e não imaginada - observaremos que as coisas não acontecem bem assim. O que vejo é uma instituição que privilegiam os que apóiam seus mandos e desmandos, quem convém aos seus interesses. O que vejo é um Brasil corrompido, que vira os olhos para um expressivo número de pessoas que estão na miséria. Para este Brasil, é interessante termos miseráveis, é interessante termos um restrito número de milionários, é interessante ter uma população média que pode ser sugada até as ultimas gostas de suor e sangue. E o mais terrível, é bom ter pessoas fáceis de serem enganadas pela idéia de igualdade.
Denuncio que a justiça pregada pela sociedade capitalista é uma mentira. O governo liberal mente, engana, é vergonhoso. Sinto uma revolta tal grande, difícil de ser consumida. O que acho triste é ainda permanecermos alheio a isso. Só poucos entendem essa situação. Você acha que faz uma troca justa quando compra algo, quando vende seu trabalho por um salário? A resposta é NÃO. Se não houver quem ganhe bem com essa troca, de nada ela adianta, e eu sei quem sempre leva vantagem. São os donos, os chefes, os bancos, o capital. Todos nós somos vítimas desse sistema criado por nós mesmos. Não culpo aqui ninguém, mesmo os donos desses grandes impérios econômicos, eles são escravos também do dinheiro.
Parece difícil entender tudo isso. É complicado dar alguma resposta, sugestão solução. Infelizmente isso eu não tenho. Muitas ideologias foram feitas na esperança de acabar com essas desigualdades camufladas, mas todas falharam, foram abocanhadas por esse sistema. A única alternativa que encontro é a mudança da consciência.
Acredito que é possível mudar a pessoa humana. Torna-la mais consciente. Um desafio.Por isso que certas práticas de aparente injustiça podem ser justiças, como as ações afirmativas. Mas espero que essas também não caiam nas malhas do Capital.

quarta-feira, maio 16, 2007

Filosofia no ensino fundamental

Segundo o filósofo alemão Immanuel Kant, “não se pode ensinar filosofia, só se pode ensinar a filosofar”. A Filosofia então tem esse caráter de levar aos alunos o interesse pela investigação, pelo raciocínio e pela pesquisa. Por isso, vem-se discutindo seu papel transformador na educação básica. Esse papel parece levantar dúvidas como: de que forma trabalhar filosofia para jovens e crianças? Digo que necessita ser de uma maneira peculiar as outras disciplinas, visto que ela é diferente, e por isso deve ser dada por filósofos, de maneira criativa.
Acredito que todos os esforços empreendidos por muitas escolas na adoção da filosofia para jovens do ensino fundamental, resultaram na formação de futuros adultos conscientes de sua atuação social. A participação das pessoas na vida política de um país está cada vez mais difícil, pois a idéia que se tem ou é transmitida de política, apenas circunscreve o âmbito dos partidos e dos candidatos. Na verdade, as pessoas devem entender que política é feita por todos os cidadãos. Como cidadãos, somos responsáveis pela administração de nossa sociedade.
Pensar, refletir, questionar e criticar faz parte de nossa tarefa patriótica, e como conseguiremos transmitir esses valores? Através de uma educação preocupada com o pensar. Por isso, a Filosofia possui um papel importante na vida escolar do aluno. Ela o leva a indagar sobre os problemas sociais do mundo, não apenas tornando-o consciente, mais o levando a ter atitude de mudança.
Quando a LDB, em 1996, recomendou o ensino de filosofia na educação básica, seu objetivo era fazer com que todas as crianças pudessem ter acesso a uma formação humana mais integral, não apenas voltada para as disciplinas básicas. Os pedagogos perceberam que não adiantaria nada formar pessoas com conhecimentos teórico-práticos para o dia-a-dia, e não formar criadores de opinião, participantes de um ideal revolucionário, colocando sempre em xeque os mandos e desmandos da política nacional. Sedo assim, a Filosofia dever ter o papel de mostrar aos alunos que seu posicionamento na sociedade faz a diferença para torná-la melhor, não bastando apenas dar o voto para um governante que sempre prometera sempre as mesmas coisas que não cumpria.
Se não podemos ensinar filosofia, como diz Kant, mas podemos ensinar a filosofar, assim, a educação filosófica no ensino fundamental não deve se preocupar em dar conteúdos históricos, sem abordagem contextual, e sim apresentar aos alunos, sustentada pelos filósofos, a necessidade de criar um pensamento crítico e reflexivo, onde nossa ação social possa articular o desenvolvimento comunitário que precisamos. Isso é filosofar.

terça-feira, maio 08, 2007

Cotas e Ações Afirmativas

As discussões a respeito de cotas na UFU para alunos afro-descendentes e de escolas públicas receberam alguns posicionamentos contrários, publicados neste espaço informativo. Assim, procuro ilustrar e definir meu ponto de vista a favor de ações afirmativas, que contemplem não aspectos multiculturais do povo brasileiro, mas aspectos econômico-sociais dos indivíduos, dando maior importância ao tema.
Ações afirmativas são “medidas compensatórias destinadas a promover a igualdade material” define Antônia Vitória (UFMG). Seu conceito parte da idéia de que as situações desiguais devem ser encaradas de maneira diferente, fugindo da falsa “idéia de igualdade”. Portanto, as cotas, como ações afirmativas, visam provisoriamente amenizar a desigualdade social camuflada. Na Europa isso se chama “discriminação positiva”.
Tais ações são propostas por entidades vinculadas ao Estado e também da iniciativa privada, com os grupos de consciência negra, minoria que luta pelas cotas raciais. Muitas pessoas que afirmam ser as cotas mecanismos de descriminação, baseiam suas opiniões na idéia de que vivemos num país multicultural, miscigenado, e por isso têm a falsa consciência de que tal miscigenação acontece harmoniosamente, sem preconceito. O que elas se esquecem é de considerarmos uma reflexão mais abrangente do quadro desigual no Brasil.
Em 2001, o IPEA mostrou que 2% dos negros estudavam em universidades públicas, e que desse total apenas 15,7% terminavam os estudos. Entretanto, o que é mais alarmente são os dados apresentados pelo PNUD que apontam o Brasil com 64,1% dos pobres negros. Por que, então, pessoas afirmam que a entrada na universidade pública deve ser por “mérito”, se o país em que elas vivem não dá “oportunidade” de concorrência? Assim, cotas não são preconceito, é uma maneira de promover a igualdade para aqueles que não tiveram a mesma oportunidade de competir.
Baseado nos dados acima, defendo as cotas para alunos pobres, que estudaram em escolas públicas, sejam eles mestiços, brancos, negros e índios. Dessa forma, o critério econômico-social seria o fator primordial para avaliação.
E, se as cotas ferem a constituição, que “proíbe distinção de pessoas”, por que então não houve amplo debate para refletir a lei 8.112/90, que reserva 20% de vagas em concursos públicos para portadores de deficiência física, e a lei eleitoral nº 9504/97 que estabelece um mínimo de 30% de candidatos do sexo feminino para partidos? Se a proposta das cotas é reservar vagas, e isso fere a constituição, então por que não dizer que essas leis ferem a constituição, pois privilegiam deficientes físicos e mulheres. Não é direito igual para todos?Em suma, os debates e reflexões são inúmeros, dariam vários artigos, porém acredito que os elementos que aqui destaco servem para pensarmos nosso papel na sociedade. Será que estamos sendo criteriosos com nossos posicionamentos e opiniões? Refletimos apenas o restrito meio social em que vivemos ou ampliamos nosso campo de visão? Talvez seja essa uma tendência da sociedade midiática. Tratar o particular como universal, e não o particular como parte do universal.

sexta-feira, maio 04, 2007

O que é Filosofia 2


Dando continuidade a minha definição de filosofia, essa também é muito intima da palavra Sabedoria visto que a mesma corresponde não a um saber pronto e acabado, mas em uma atitude de conhecer e pesquisar as coisas novas, independentemente de sua posição ou opinião dos fenômenos. Assim, sabedoria é uma atitude, e não um mero contemplar.

De fato, muitas pessoas acreditam que ser sábio é ter tido uma boa educação, rígida, exigente e também abrangente. Anos e anos são gastos em decorar sistemáticas obras sobre a história e as ciências, sobre os fatos e as pesquisas, mas, durante todo esse tempo, em que momento paramos para refletir nossa própria vida e tudo o que sabemos? Acredito que se colocarmos na balança nossos momentos de auto-reflexão e os momentos de estudo, com certeza os estudo ganhariam. Temos tempo para as pesquisas e pouco tempo para nós mesmos.

Não quero desqualificar o conhecimento e a pesquisa, os anos de estudo e muito menos desprezar quem decora. Minhas palavras são para aqueles que só acredita que isso e mais nada seja a melhor maneira de se tornarmos sábios.

Ora, uma sabedoria que não está ligada com a práxis social, para mim, não é sabedoria, é apenas história, é apenas conteúdo. Como é que não enxergamos aquilo que estudamos na nossa vida diária? Como é que não paramos para observar o mundo ao nosso redor e dele fazermos preposições, julgamentos, avaliações e reflexões?

A sabedoria filosófica, aqui especificamente, só é amor, como disse antes, quando se entrega a algo em totalidade, ou seja, não só aos estudos escolares e acadêmicos, mas a vida, a realidade, ao fenômeno que dia-a-dia se revela novo, diferente, pronto para ser abarcado, estudado, admirado e amado.

Por isso, "Filosofia" é conhecimento e prática, crítica e reflexão, trabalho e expressão.

sexta-feira, abril 27, 2007

Diálogo com a coruja: Os Deputados e Jabor


Wisley: Coruja, você não sabe o que aconteceu?
Coruja: Meu Deus! O que foi?
Wisley: O jornalista Arnaldo Jabor vai ser processado pela Câmara dos deputados!
Coruja: Por quê?
Wisley: Ele fez duras críticas aos deputados depois que estes prestaram contas de R$ 2,5 milhões com verba indenizatória apenas com gasolina.
Coruja: Que coisa incrível!
Wisley: Em seu comentário, ele chamou os deputados de “canalhas”!
Coruja: Isso irritou todos, né!
Wisley: É! Jabor disse que “os nossos queridos deputados têm direito a receber de volta o dinheiro gasto com gasolina, seja indo para os redutos eleitorais ou indo para o hotel com suas amantes ou seus amantes”.
Coruja: Realmente ele abriu a boca para criticar o modo como a administração pública é feita!
Wisley: Isso mesmo! Ele disse que apresentando nota fiscal para comprovar o gasto, a Câmara repõe! Agora, você não acha que é muito dinheiro e muita gasolina?
Coruja: Esse dinheiro pode comprar cerca de 1 milhão de litros de combustível, suficiente para dar 255 voltas ao mundo, percorrendo 11 milhões de quilômetros.
Wisley: Credo! Os deputados rodaram muito então, só não sabemos para onde foram!
Coruja: Em compensação pagamos à conta né, disse Jabor!
Wisley: É! Por isso eu penso, em vez de processar, por que não esclarecer? Fica parecendo que não se pode mais criticar o governo, porque se não estamos ferindo, como disse os deputados, “a democracia e o povo brasileiro”.
Coruja: Pois é! Si é o povo brasileiro que paga a conta dessa rodada toda! O que estamos pagando? As idas dos deputados aos seus redutos eleitorais ou aos motéis?
Wisley: Acho que Jabor fez certo, mas da próxima vez, que ele não use palavras ofensivas, se não vai ser processado!
Coruja: Criticar é importante! Ofender é desnecessário!

quinta-feira, abril 26, 2007

O que é Filosofia

Como bom filósofo, não poderia deixar de dar minha definição sobre Filosofia. Tendo em vista que muito já foi dito sobre esse termo e que mais uma definição poderia significar uma mera tautologia, resolvo partir para uma visão mais pessoal do que histórica do termo. Assim, pretendo estar sujeito a críticas e erros que estou disposto a assumir caso minha definição não caia no gosto de todos. A esses peço desculpas.
Filosofia é uma atitude, é uma pratica. Está relacionada ao fazer de cada pessoa que a ela se entrega, que explora seu potencial. Dado que a palavra signifique "amor à sabedoria", traduzido do Grego, digo que essa palavra amor deve ser aderida pelo viés do "sem medida". Amar alguém representa dar sua vida, seu eu, seu ser pelo outro. Sacrificar todo o prazer individual e social pela felicidade de quem se ama. Então, não é simplesmente amar a sabedoria como "gostar", "adimirar", "respeitar". Amar a sabedoria é deixar tudo de lado e só a ela oferecer a vida.
De uma maneira radical, essa definição de amar é uma escolha terrível para quem não sabe lidar com os próprios desejos. Hoje se prefere amar apenas por prazer do que amar pelo simples fato de, não importando se o outro me ama ou não, que o outro é alguém como eu.
Tal definição de amar faz parte do meu vocabulário quando o mesmo é usado para a frase "amor à sabedoria". Continua...

segunda-feira, abril 16, 2007

2º Encontro de Pós-graduandos

Nesta semana, nos dias 18 a 20 de Abril, estarei em São Paulo Capital para apresentar uma comunicação na PUC, no 2º encontro de pós-graduandos em Filosofia. Estudantes, pesquisadores e filósofos de várias universidades brasileiras estarão lá para apresentar seus projetos de pesquisa e outros que estão em desenvolvimento. Será um grande evento para a Filosofia nacional.
Minha comunicação será em torno dos estudos que ando pesquisando para o mestrado em Filosofia Social. Mais especificamente, estarei comentando sobre as buscas em torno dos textos de Theodor W. Adorno a respeito do progresso. O tema progresso procura analisar de maneira geral as abordagens feitas pelo filósofo frankfurtiano a respeito da situação hodierna, frutos de um capitalismo que não se preocupou com as questões sociais humanas.
O evento que irei participar é muito importante para a divulgação da pesquisa acadêmica e o diálogo entre os pesquisadores e as universidades. Este, como muitos outros, tem uma importância enorme para atividade de pesquisa. Por isso, a necessidade de que tais acontecimentos recebam mais atenção da parte dos incentivos governamentais para a pesquisa.
A pesquisa científica nas humanas, por ser uma área que não há substancial desenvolvimento técnico, recebe pouco apoio de muitos orgãos. É necessário investir, pois o seu trabalho é relevante para a sociedade. O estudo do comportamento, a ação, da política, do direito e afins, não cessão de possuir uma intima ligação com acontecimentos trágicos por quanto o mundo vem passando.
Assim, quanto mais se incentiva eventos como este encontro de pós-graduandos, mais se abre a porta para novas abordagens reflexivas em um contexto de práxis social. A revolução acontece quando a educação emancipa os indivíduos alienados, pois esses passam a perceber que fazem a diferença na sociedade em que vivem.

terça-feira, abril 10, 2007

A Filosofia de Jovens e Crianças!




A Filosofia para crianças e jovens é um desafio para qualquer filósofo que se forme em uma boa universidade. Isso porque muitas vezes somos formados para uma filosofia acadêmica, voltada para o ensino superior, e mesmo as licenciaturas se esforçam em apresentar bons métodos que ajudem o professor a lidar com essa atividade. Boas publicações existem no Brasil, basta apenas utilizarmos nossa criatividade filosófica para encontrar o melhor meio de transmitir filosofia para crianças e jovens.

Falo de crianças e jovens porque está sendo uma realidade em muitas escolas, a adoção de filosofia para crianças de 1ª a 8ª séries do ensino fundamental. Isso mesmo! A Filosofia está caminhando para um amplo setor de atividades diferentes da exercida no ensino médio e superior. Aquela coisa chata de estudar os filósofos e seus conceitos está mudando o trabalho de muitos professores.

Mas esse trabalho de filosofia no ensino fundamental, muitas vezes é exercido por professores pedagogos, principalmente de 1ª a 4ª série. E essa tarefa exige uma atenção muito especial, como a transmissão de valores e costumes para que a criança não enfrente isso como uma imposição, mas um pensar sobre o convívio familiar e social. Com uma boa formação filosófica, os pedagogos podem diversificar a atividade filosófica com outras matérias de práxis escolar. Exmplo: a matemática e a lógica das coisas, o português e a expressão, dentre outros.

Já na 5ª à 8ª série é possível a participação de professores formados em filosofia. Uma experiência com jovens nesse nível de formação é enriquecedor para uma filosofia prática voltada para a formação do questionamento pessoal, ou seja, o futuro pensador, que questiona as atitudes, os desafios e sabe argumentar com lógica suas vontades e sonhos. E assim, devemos tomar o cuidado de não cairmos nas abstrações fortes de filosofia acadêmica que não levam a uma atitude do pensar.

O estudo filosófico para o ensino fundamental, principalmente de 5ª à 8ª série, é a educação para o pensar. Refletir a sociedade, os modos, os costumes e o comportamento político e ético, tanto do aluno como dos seus. Filosofia é mais do que os conceitos e os filósofos, é um jeito de mudar a ação das pessoas para o melhor, para o progresso verdadeiro.

Dessa forma, incentivo e propaganda é o essencial para levar o trabalho filosófico as crianças e jovens nas escolas. As instituições de ensino devem ter a filosofia como disciplina curricular, pois se queremos seres mais humanos, precisamos depositar no coração deles, a semente de um futuro homem ou mulher consciente dos seus atos, de suas responsabilidade. É levá-los a maioridade, como dizia Kant. E conseguimos isso através da educação para o pensar. Através da Filosofia.

Vamos filosofar!

sexta-feira, abril 06, 2007

UMA PÁSCOA DOCE OU AMARGA?


É com muita alegria que os cristãos comemoram no próximo dia 08 de abril (domingo) a Páscoa do Senhor. Dia da morte e ressurreição de Jesus Cristo.
A Páscoa é uma celebração tradicional em nossa cultura ocidental. Quando Jesus ressuscitou dos mortos, sua mensagem foi espalhada por toda a região do oriente médio e Europa, principalmente Roma e Grécia. O que mais se pregava era Jesus como o filho de Deus, o Cristo, o Salvador. Sua vinda ao mundo foi justamente para completar a profecia de um messias salvador que libertaria o povo de suas mazelas. E Jesus, ao se entregar e morrer na cruz, nos libertou do pecado que gera a opressão e o sofrimento no meio do povo.
A Páscoa não é uma festa exclusivamente cristã. Os judeus sempre a comemoravam, pois significava a passagem de Deus no mundo. A libertação da escravidão do Egito e a ida para Terra Santa, a terra prometida aos descendentes de Abaão. Hoje, a Páscoa continua com esse mesmo sentido de passagem, só que desta vez, a passagem do filho de Deus pela morte e ressurreição. O que Jesus fez foi nos libertar da escravidão do pecado e dar esperança de uma vida nova, ou seja, não mais morreremos, mas viveremos em Cristo, no paraíso.
Entretanto, mesmo o significado religioso que ainda permanece forte está sendo substituído gradativamente por uma cultura de consumo. A Páscoa parece não servir mais para lembrar o gesto salvador de Cristo e passa a ser um simples feriado, um dia de ganhar presentes gostosos e de se divertir, pois afinal, na segunda retorna a rotina de produção.
Jesus veio propor a mudança de atitude das pessoas. Que os pobres fossem lembrados, resgatados de sua miséria e que a humanidade aderisse a caridade. Mas isso nem de longe passa a ser o centro das atenções da festa da Páscoa. Assim, individualmente celebramos nossa Páscoa para cumprir uma tradição e não para mudarmos de atitude. Infelizmente, vai Páscoa e chega Páscoa e nada do que presenciamos teve algum progresso.
Quando vamos superar nossas diferenças e preconceitos? Quando vamos por em prática a mensagem de Cristo? Parece que a Páscoa vai continuar sendo mais uma data importante no calendário comercial e feriado para todos os que, deferente de milhões de famintos e pobres, podem ceiar e comer chocolate tranquilamente. É difícil acreditar...

quarta-feira, abril 04, 2007

POR DETRÁS DA INFORMAÇÃO! A SEDUÇÃO


De vez em quando me deparo com ligações feitas por editoras famosas do país oferecendo as mais inusitadas revistas informativas. Dizem essas editoras, através de porta-vozes, que são revistas importantíssimas para a minha formação cultural. Afinal de contas, “é preciso ser bem informado para sobreviver ao mundo cada vez mais globalizado”. “Informação é essencial para o sucesso profissional de uma pessoa”, afirmam.
Toda via, minha formação filosófica me leva a suspeitar dos reais interesses editoriais dessas revistas. Pois, para conquistar mais assinaturas, as editoras oferecem inúmeras vantagens ao possível assinante. Brindes como DVD’s, bonés, mochilas e outras parafernálias modernas. Tentam seduzir o ingênuo possível cliente que está do outro lado da linha para as necessidades de se estar bem informado. Por isso, elas criam várias promoções e as ditas campanhas.
Fui surpreendido por uma dessas campanhas. “Incentivo a cultura no Estado de Minas Gerais”, ou seja, como se as revistas dessa editora pudessem trazer em suas páginas a essência formativa cultural que o leitor precisa. Assim, minhas suspeitas são de algo ideologicamente articulado visando, não a formação cultural, mas ao consumo capitalista de bens. Mostrar as empresas, possíveis investidoras comerciais, que os leitores de suas revistas são possíveis consumidores, prontos para adquirir a nova tecnologia do mercado.
Por detrás de programas como “incentiva a cultura” ou “quem não se informa perde oportunidades”, as editoras tentam somar mais e mais leitores as suas listas de clientes. Assinantes que lhes garantirão uma cota de patrocínio no mundo da propaganda consumista. Realmente não enxergo outro motivo para continuarem sempre a insistir em assinaturas. Por que então sermos constantemente bombardeados por promoções, descontos e inúmeras promessas para assinar uma revista?
A nossa cultura virou semicultura, ou seja, tudo gira na ótica do capitalismo. Somos levados a acreditar numa troca justa. Ao comprar certo produto, estou convencido de que fiz um bom negócio por um bom preço. O que conta mesmo é o valor de troca e não o valor de uso. Às vezes compramos coisas que nem precisamos só pelo gostinho de comprar, de se sentir importante, realizado. Esse fenômeno acontece todos os dias porque somos seduzidos pela sensualidade das coisas.
As revistas informativas, hoje, trazem a tona apenas àquilo que é fato no nosso cotidiano. Realidades que são apresentados simplesmente pelo acontecimento, sem nenhum acréscimo de nada. Algo que nos leve a pensar a miséria e a individualidade crescente. Essas revistas prendem o leitor pelo sensacionalismo e não pela crítica. E quase todas as suas páginas são dedicadas a propagandas. Talvez seja isso que elas vejam como solução para nossos problemas. É o slogan: “Compre esse produto e resolva todos os seus problemas”. Ou aquela frase “seus problemas acabaram chegou...” e assim por diante. Os anos passam, e a propaganda tenta ser mais criativa, para atrair mais pessoas.

Por fim, será que estamos perdidos? Não há como fugir dessa lógica capitalista? E assim, continuarei a receber telefonemas, como todo brasileiro, para assinar revistas e mais revistas. Por quê? Porque preciso ser culto. É a ideologia em voga. O que é ser culto? Ser bem informado, talvez.

sábado, março 24, 2007

O mês do outono

O mês de março é recheado de datas especiais. No dia primeiro é meu aniversário; completo 22 anos de idade. É uma festa dupla, pois além de trilhar caminhos novos, estou agora cursando o mestrado em Filosofia na Universidade Federal de Uberlândia. Um sonho se realizando a cada instante. Agradeço muito a Deus (sou filósofo cristão) por continuar sempre me abençoando, protegendo e iluminando meus passos. Faço tudo isso, primeiro por Ele e depois pelo mundo e pelas pessoas que eu amo. Agradeço a meus pais. Sem eles eu não estaria aqui. A família é muito importante na vida de todo adolecente que se torna adulto. Ela dá responsabilidade e exemplo para superarmos os obstáculos da sociedade. Agradeço aos meus amigos. Pessoas que a gente conhece e ama ao longo dessa caminhada terrena. Sem eles seria difícil desabafar as preocupações que pesam nas costas da gente. Por fim, estendo meus agradecimentos ao mundo! Tenho esperança que um dia chegaremos a um mundo melhor, sem desigualdades.
O mês de março é dedicado a mulher. Um ser que é vida, que leva vida, que transmite vida. Como pode ainda existir homens que as maltratam, que as desprezam. É um absurdo acontecer violência contra o ser que gera vida. Amo as mulheres. São especiais. Nós homens precisamos delas mais do que nunca. São companheiras valiosas. Parabéns mulheres!
Estas são minhas palavras para abrir o mês de março. Um mês especial para mim!
Viva o outono.........

segunda-feira, fevereiro 26, 2007

O povo brasileiro anda refletindo sobre a questão da maioridade penal. Esse assunto tomou a pauta de discussão depois de uma série de crimes envolvendo menores. Um deles, o que mais causou revolta foi a morte do menino João Helho no Rio de Janeiro, por assaltantes de carro que arrastaram seu corpo por horas. Havia um menor junto aos bandidos. A pergunta crusial é: será que esse menor tinha consciência dos atos que praticou? Por que ele se envolveu nesse crime?

terça-feira, fevereiro 06, 2007

O que é a Felicidade? Parte 2

Grande dilema esse que resolvi me atirar. O sentido da Felicidade. A preocupação maior que tenho é se aceito ou não o fato de que ela só pode ser conquistada de uma maneira integral em outro plano, em outra realidade. Pois, percebi que aqui só encontro momentos de alegria, coisas que dão certo e elevam nosso humor, mas, às vezes, existem momentos de angústia e nada parece funcionar corretamente.
Levando em consideração tais fatos, estou quase convencido de que vivemos é de momentos felizes, e não de algo completo. Infelizmente sofro muito com isso. Crio expectativas sobre algo que em um momento está bem e depois noutro momento piora. Ah! É algo terrível sentir essa sensação. Vou me entregar aos fatos. Tentar encontrar uma solução. Investigar mais profundamente o meu ser.
A felicidade! Terei que conquistá-la aos pouquinhos. Juntar os pedaços e experimentar por instantes o prazer que ela me proporcionará. Agora, quando terei ela por completo!? Só o destino para responder essa questão. Por hora, vou me ater a essas reflexões e se algo novo encontrar, com certeza serei feliz.

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

O que é a Felicidade?

Não tenho uma resposta pronta para essa pergunta. É muito difícil responder uma questão tão complicada como essa. Nossa sociedade tem um jeito totalmente diferente de entender a felicidade. Para alguns é dinheiro, para outros uma vida tranquila, outros, um amor verdadeiro, e assim, as explicações vão tomando a forma de desejos pessoais, que universalizados, não expressão a vontade geral. Se a felicidade é um desejo de todo o homem, seu significado deve ser o desejo de todo o homem.
Muitos filósofos buscaram encontrar essa resposta. Se o homem busca a felicidade, que meios ele deve utilizar para isso? Aristóteles encontra resposta na moral, Agostinho e Santo Tomas em Deus e daí vão surgindo inúmeras tentativas de encontrar a felicidade. O que será? Satisfação, dever, depois da morte?

terça-feira, janeiro 30, 2007

A festa da Carne


A festa mais tradicional do nosso país está chegando! É o CARNAVAL.

Depois do futebol, o carnaval é o evento mais freqüentado pelos brasileiros e estrangeiros. Realmente é imperdível não participar de tamanha alegria que envolve todas as pessoas que gostam do carnaval. Mas hoje, a festa que vemos pela televisão não representa mais a tradicional festa que havia nas ruas das cidades. Um carnaval em que as pessoas se fantasiavam como queriam e saiam para as praças para se divertirem com os vizinhos.

O carnaval que a maioria dos brasileiros procuram é aquele das arquibancadas onde se possa ver o desfile das escolas de samba com mulheres quase nuas. Um carnaval de status social, onde o rico tem lugar privilegiado e o pobre tem que permanecer com os seus na chuva (quando chove claro!). Pois, o que interessa é a diversão proporcionada pela dinheiro e não a significação cultural.

O carnaval de rua possui um significado cultural muito importante. É no momento de fantasias que os papeis sociais podem ser superados. Em dias normais, o patrão é patrão e a empregada, empregada. No carnaval, a empregada vira rainha e o patrão se fantasia com aquilo que inconscientemente gostaria de ser, mas que na vida real não é possível. Assim, o carnaval popular proporcional certa mudança de classe. Pelo menos, uma vez no ano os pobres não se sentem oprimidos!

Agora, o carnaval que existe nas grandes cidades é voltado para o entretenimento e o consumismo. Quem tem dinheiro se diverte, quem não tem observa! Isso significa que o capitalismo, quanto mais avança, mais homogenisa a cultura. Um perigo que temos que estar atentos, para não perdermos nossa identidade!

sábado, janeiro 27, 2007

Minha saída!

Sexta-feira, dia 26, quando cheguei no ponto de ônibus, notei que o havia perdido. Estava indo para o grupo de estudos sobre teoria crítica na UFU, sempre as sextas às 15h e, geralmente, eu saia do ponto ás 14:30h, mas nesse dia acabei não indo, pois o próximo ônibus só apareceria ás 15:30h. Assim, ia voltando para casa chateado, mas na rua onde moro, mora também o prof. Bento que trabalha na UFU. Decidi visitá-lo. Ele estava cuidando do jardim. Me convidou para entrar e me apresentou sua esposa, uma bela artista plástica.
Sua casa era um ambiente agradável, bom de se viver. Ficamos conversando sobre nossas vidas, sobre minha decisão de saída do seminário e da vida que agora tenho que enfrentar. E realmente, não sei o que me espera nessa nova etapa da vida. Sua esposa me perguntou: "Por que você desistiu?". O professor Bento, sempre feliz e sorridente, disso que "até hoje não tinha resposta a essa pergunta", pois ele também foi seminarista. Então, no jardim da casa, respondi: "Bom, eu estava muito inseguro e batiam incertezas em mim sobre a vocação, e também conheci uma pessoa maravilhosa que fiquei profundamente atraído, então resolvi sair para viver outra experiência". Foi essa a minha resposta.
Agora, estou vivendo uma vida totalmente diferente, algo que eu nunca imaginava viver, pois acreditava que seria aquilo que pensei que seria. Hoje, tenho a convicção de que não se deve ser orgulhoso e acreditar cegamente no futuro. Aprendi que temos incertezas, dúvidas e que a todo momento estamos lutando para superar as fraquezas da nossa alma.
O meu período de seminário foi muito bom. Aprendi bastante e cresci espiritual e humanamente. Não foi um tempo perdido. Foram vivências que, um dia, terei o prazer de escrever para recordar. Desse modo, estou me dedicando a viver um novo jeito. Estou em fase de descobertas e isso me deixa ansioso e feliz. Estou amando muito minha namorada e continuando a trabalhar na igreja. Isso não vou deixar.
Só achei interessante não ter conseguido ir ao grupo de estudos, mas poder compartilhar com outra pessoa que viveu o que estou vivendo, uma nova experiência. Viva você também aquilo que seu coração está sentido, pois se arrepender mais tarde é muito triste.

sexta-feira, janeiro 26, 2007

O que é a Verdade?



No início da história da Filosofia, os filósofos começaram a se perguntar sobre as mais diversas questões que permeiam o pensamento humano. Uma delas é sobre a verdade. O que é a Verdade?
Platão inaugura seu pensamento sobre a verdade afirmando: “Verdadeiro é o discurso que diz as coisas como são; falso aquele que as diz como não são”. É a partir daí que começou a se formar a problemática em torno da verdade.
No dicionário Aurélio encontra-se a seguinte definição de verdade: “Conformidade com o real”. Talvez merecesse um comentário mais amplo, a afirmação acima de Platão, mas partindo do conceito dado pelo dicionário pode-se chegar as seguintes conclusões: Não existe uma verdade cujo sujeito possa ser o seu detentor; a Filosofia chegou a distinguir cinco conceitos fundamentais da verdade: a verdade como correspondência, como revelação, como conformidade a uma regra, como coerência e como utilidade. Falar-se-á um pouco de cada uma.
A verdade como correspondência diz respeito à afirmação platônica que foi citado no inicio deste texto. É a verdade que garante a realidade, ou seja, o objeto falado é apresentado como ele é. Aristóteles diz que: “Negar aquilo que é, e afirmar aquilo que não é, é falso, enquanto afirmar o que é e negar o que não é, é verdade”. Essa definição de verdade é a mais antiga e divulgada.
A concepção de verdade, sob o aspecto da revelação, surge num tempo em que empirismo, metafísica e teologia apresentaram novas formas de se entender a realidade. Trata-se de uma verdade que sob a luz empirista se revelou ao homem por meio das sensações, e sob a perspectiva metafísica ou teológica mostrou o verdadeiro por meio de um Ser supremo, Deus, que evidencia a essência das coisas.
A conformidade apresenta uma verdade que se adapta a uma regra ou um conceito. E esta noção de conformidade foi usada pela primeira vez por Platão: “... tudo o que me parece de acordo com este, considero verdadeiro,...” e retornando a história, Santo Agostinho afirma: “existe, sobre a nossa mente, uma lei que se chama verdade”. Em suma, a verdade, no sentido da conformidade, deve-se adequar a uma regra ou conceito.
Já na metade do século XIX, surgiu no movimento idealista inglês, a noção de verdade como coerência. Essa idéia de coerência foi difundida pelo filósofo Bradley. Ele critica o mundo da experiência humana partindo da idéia de que “o princípio de que o que é contraditório, não pode ser real”, isso o fez aceitar que “a verdade é coerência perfeita”.
Por fim, achou-se o pressuposto de verdade como utilidade, formulada primeiramente por Nietzsche: “Verdadeiro não significa em geral senão o que é apto à conservação da humanidade. O que me deixa sem vida quando acredito nele não é a verdade para mim, é uma relação arbitrária e ilegítima do meu ser com as coisas externas”. A preocupação é que a verdade como utilidade seja algo que faça bem toda a humanidade. O que não é de práxis para a conservação do bem, podemos dizer que é verdade?
Toda essa investigação sobre a verdade limita muito esse tema. A verdade possui inúmeros significados, dependendo da pessoa que a defina. Ela continuará sendo uma das questões mais abordadas nestes últimos tempos.
Estamos em um mundo de grandes transformações. Muitas ideologias são nos apresentadas como verdades inquebrantáveis. Somos forçados a acreditar na mídia, na política e na manifestação religiosa. Isso acontece de uma maneira inconsciente.
O que nos libertará de toda essa prisão é nossa atitude como sujeitos formadores de consciência crítica. A questão é ir afundo sobre aquilo que nos é apresentado. Fugir do senso comum e criar opiniões próprias. Depende de você encarar isso como verdade.

quarta-feira, janeiro 24, 2007

Curso de excelência profissional



Ontem, e ainda essa semana e na outra, estou participando de um curso de excelência profissional global oferecido pela ith, ong que atua em Uberlândia com iniciativas sociais. Estou gostando muito de participar desse curso, de ver as pessoas realizando as mais inesperadas tarefas e dinâmicas. E estou aprendendo uma coisa: o homem sabe ser criativo, sabe superar obstáculos e realizar grandes coisas, mesmo que isso choque sua inibição.
É, as pessoas têm constrangimento de se expor para outros indivíduos. O organismo começa a denunciar o nervosismo, com suor e tremedeiras. Isso é mais uma prova de que o psíquico mexe com o físico.
Mas de uma coisa eu sei, quando estamos em pressão, coisas incríveis acontecem. Deve ser o instinto. Afinal, não deixamos de ser animais também, que nascem com instinto para poder sobreviver em momentos de perigo.
Ver todas essas pessoas se divertindo e, ao mesmo tempo, aprendendo, me leva a pensar que é possível uma transformação pessoal através dos exemplos e das dinâmicas. Só que não basta observar e escutar, é preciso praticar. Os desafios são enormes, mas vamos conseguir superar.
Estou louco para continuar o curso e ver onde isso vai parar.

terça-feira, janeiro 23, 2007

Sobre escrever um blog


Quando terminei minha graduação em Filosofia, fiquei a pensar como poderia estar contribuindo para o amadurecimento do pensamento humano. Fiz muitos questionamentos a respeito da melhor maneira possível de se fazer conhecido das pessoas e de transmitir a elas meus pensamentos. Foi então que resolvi investir na Internet, que é o lugar onde centenas de pessoas se encontram para trocar informações.

Soube que existe uma maneira de criar um site simples, onde ideias poderiam ser publicadas e acessíveis a qualquer pessoa. O nome dessa maneira é blog. Blog é um diário pessoal onde você publica história e pensamentos seus. Achei isso interessante e aderi a ideia.

Claro que isso não vai ser o meio exclusivo de publicação de meus pensamentos. Estou em sintonia com os vário meios de comunicação disponíveis. Tentarei ser o mais comunicativo possível, afinal, é preciso que meus projetos cheguem aos seus objetivos.

Por isso, escrever um blog é desafiar o que era antigo, quebrar paradigmas e inaugurar o que é novo. O futuro é incerto, não sei para onde vai a humanidade, mas estou me preparando para contribuir com alguma coisa. Mesmo que não tenha meu nome em inúmeros lugares, o que me interessa é contribuir com a ética, com a política, com o social e a fé. Afinal, Filosofia é "amigo do saber", e procuro ser sempre amigo desse saber!!!

Minha Filosofia é

um site de reflexão sobre vários assuntos. Seu objetivo é levantar debates e questionamentos acerca dos acontecimentos contemporâneos. Sugestões e comentários são bem-vindos.


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