quinta-feira, abril 15, 2010

Um novo tempo

Estamos em um novo tempo onde as pessoas podem ousar, criar e se divertir com o conhecimento. Eu adoro trabalhar com a multiplicidade. Quando eu atuo tanto na área filosófica como na área técnica, sinto estar colaborando para o engrandecimento da nação. Por quê? Porque não existe conhecimento sem a sabedoria e a reflexão.

Antes de aprender filosofia eu já gostava de tecnologia. Fui aprendendo aos poucos como é rico e curioso o mundo da Internet. Descobri cedo que este seria um espaço fabuloso e enriquecedor. Agora vejo que não podemos mais viver sem ele. Nossa vida pode ser colocada aqui, ao alcance das pessoas. Todo mundo pode descobrir quem somos. Mas assim como o ditado fala "papel aceita tudo", na Internet temos que ficar de olho, pois um espaço livre também está sujeito ao mau.

Eu gosto de escrever meus textos. Isso me torna uma pessoa melhor. Tenho certeza de que se todos praticassem a escrita, felizes estas pessoas ficariam. Agora, para não ficar enrrolando muito, vou contar uma história que li e achei muito interessante compartilhar neste blog. É a história de dois irmãos separados pelo orgulho.

Um certo dia, o carpinteiro apareceu na fazenda do irmão mais velho, oferecendo seus serviços. O fazendeiro então disse que por hora não havia trabalho a oferecer, mas lembrou da briga que teve com o irmão. Pediu ao carpinteiro que construísse um muro entre a fazenda dele e a do seu irmão, que ficava depois de um riacho.

O carpinteiro sábio pediu ao fazendeiro madeira e pregos para começar o serviço. Ao entregar o material solicitado, o fazendeiro foi para a cidade. Ao chegar no seu rancho ficou admirado. Em vez de encontrar uma fazenda, encontrou uma ponte que ligava sua propriedade a propriedade do irmão. Irritado, foi logo dizendo ao carpinteiro.

- Como o senhor é ousado, construir uma ponte entre eu e meu irmão, mesmo sabendo que estamos brigados.

De repente, o irmão mais novo, ao ver aquela ponte, ficou comovido e correu ao encontro do irmão mais velho e o abraçou. Paralisado, o outro irmão não sabia o que fazer a não ser abraçar. Os dois se perdoaram mutuamente! Para agradecer e pagar o serviço do carpinteiro, o irmão mais velho procurou em todos os lugares, mas não encontrou ninguém.

Este carpinteiro era o bom samaritano, o próximo, que sempre deve existir em nossas vidas. Quantas pessoas no mundo ajudam outras a se reconciliarem. Vamos ajudar a quem precisa deste apoio amigo.

sábado, dezembro 26, 2009

A Política de Aristóteles

A obra intitulada A Política do filósofo grego Aristóteles de Estagira apresenta suas idéias políticas, unidas a sua moral. A tese principal é mostrar que política encontra-se, de certa forma, ligada à moral e que o estado deve levar o homem a virtude e a felicidade, fins aos quais se propõe a atividade política. Suas idéias estão basicamente expressas nos livros I e IV. O primeiro trata das origens e necessidade do estado, e o quarto, dos elementos básicos para um governo virtuoso.

No livro I, o Estagirita procura ressaltar a formação da cidade e como se dá a coesão social dos elementos que a constitui. Ao contrário de Platão, ele acredita que a formação de uma comunidade não está na reunião de indivíduos, mas na união familiar. A família é a primeira forma de sociedade, compreendendo três partes: os filhos, a mulher e os escravos, além da relação desses com o chefe e dos instrumentos necessários à subsistência. Assim, o filósofo comenta qual deve ser a relação do soberano da casta com seus membros.

A mulher e os filhos são imperfeitos. Cabe ao homem, virtuoso e racional, guia-los para melhor conservação dos mesmos. No livro IV, Aristóteles irá tratar especificamente sobre a educação dos filhos, abordando as características que estes precisarão adquirir para se tornarem futuros cidadãos.

Com relação aos escravos, Aristóteles cria uma teoria bastante complexa e ligada a outros elementos de sua filosofia. Sua tese parte dos fatores econômicos para a necessidade natural da escravidão. Por isso, é preciso que haja instrumentos animados e inanimados para a garantia do trabalho que proporcionará uma estabilidade econômica para a família. É de direito natural o uso da propriedade para adquirir bens, que ele chama de fortuna, e que os homens devem usufruir desse direito.

Para o lar, além da propriedade, são necessários também os meios para a produção dos bens. O senhor, no caso, tem a propriedade das ferramentas indispensáveis ao trabalho e possui ainda um instrumento animado, que é o escravo. O escravo não é destituído de humanidade, mas surge de maneira natural, ou seja, “existem homens que nasceram para ordenar e outros para obedecer”.

A inclinação natural do escravo é para o seu senhor, que é seu fim e orientação. Dessa forma, o escravo possui virtude até o ponto de essa ser necessário para a obediência. Mesmo aceitando a escravidão por natureza, Aristóteles condena a escravidão pela violência, pela guerra, pois os motivos que geram a guerra podem ser injustos.

Logo após o estudo sobre os escravos, o Estagirita passa a definir os tópicos para aquisição de bens. Ele revela que o cidadão não pode se ater a conquista de riquezas em metais, pois é algo condicionado pelos homens e não natural. O homem precisa satisfazer apenas as necessidades que garantam conforto e ociosidade para a vida política.

A vida política só pode ser exercida pelos cidadãos. Havia também a classe militar e trabalhadora, estes últimos, apensar de serem homens livres, não lhes era aceito participar das decisões. O papel que desempenhavam era apenas o trabalho público e o comércio.

Em síntese, no livro I, o estado é formado pela reunião de famílias, pois a necessidade de bens assim exigiu, e que ela compreende a relação: pais e filhos, marido e mulher, senhor e escravo. O homem é um animal político. A atividade política deve levá-lo a virtude e a felicidade, e sua participação como cidadão faz parte do status social necessário em um governo.

No livro IV, encontram-se os elementos que irão constituir uma cidade ou nação virtuosa. Isso compreende sua posição territorial, sua defesa, o número de pessoas e as atividades sociais como os banquetes e culto aos deuses. Concomitantemente, também compreende a forma educacional dos jovens para a cidade. Aristóteles trabalha assim, de uma maneira empírica e direta.

A cidade ou nação deve, em sua forma de governo e leis, promover a felicidade de seus membros para que a virtude seja alcançada. Elementos que possibilitem sua defesa e, ao mesmo tempo, o comercio e a prosperidade, são fatores para uma cidade bem desenvolvida.

Os cidadãos devem desempenhar funções que melhorem a administração do estado e que sejam flexíveis. São elas: a jurista, a sacerdotal e a militar. Aos outros membros, como escravos e trabalhadores, irão continuar a exercer sua tarefa específica, indispensáveis para a economia.

Por último, existe a educação dos filhos, que deve ser estimulada pela ginástica e pela música, como também o conhecimento da ciência para bem exercer seu papel na sociedade. Os filhos devem evitar os prazeres que não levam a uma perfeita moralidade e também buscar, nos mais velhos, o exemplo necessário. As mulheres não devem casar-se novas e precisam amamentar seus filhos com o próprio leite, pois isso é saudável e de acordo com a natureza, destaca o filósofo. Com mais detalhes, Aristóteles procura estabelecer os elementos da educação no restante da obra.

Em suma, foram expostas, de maneira genérica, as teses principais dos dois livros da Política que, de certa forma, abordam as intenções do autor sobre a natureza do homem quanto ao social e político. O objetivo principal é responder a pergunta: por que os homens vivem ou procuram viver em sociedade?

A Política de Aristóteles procura definir as bases que o homem precisa para chegar à virtude. É um trabalho que possui ligação intima com outras obras do filósofo. O Estagerita define três formas de governo: a monarquia, a aristocracia e a democracia. Ele não elege a melhor, mas acredita numa forma de governo democrático-intelectual que leve os homens ao fim último que sua moral propõe, a virtude. Assim, nos dias de hoje, só uma política séria, que se comprometa com o bem comum, pode contribuir na formação do homem. A política não deve, segundo o filósofo, pautar suas ações nas exigências de um déspota, mas em interesses que levem ao bem comum de uma nação. É essa a tese que se defende aqui.

Referência

ARISTÓTELES. A Política. São Paulo: Escala, s/a.

segunda-feira, dezembro 07, 2009

Atuação da Filosofia no Natal

O Natal está chegando e com ele milhares de consumidores querendo comprar os presentes tradicionalmente dados aos mais chegados. Outro momento interessante do Natal é a fraternidade e a solidariedade que resolvem aparecer, fazendo com que muita gente ajude o próximo. É bonito ver que em uma data especial, todos entendam que pertencemos a uma única ideia. Somos HUMANIDADE!

O termo Humanidade é filosófico. Designa um conjunto de características que nos tornam diferentes de outros seres vivos. Muitas vezes ouvimos esta expressão "aja com humanidade". Isso significa agir com bondade natural, sem crueldade, com justiça. Além do mais, humanidade pode ser entendida como a descrição de uma meta, a construção de nossa história, ou mesmo como Comte afirmava: "uma expressão de ser coletivo".

Podemos refletir se neste natal iremos ser humanos para com o nosso próximo. Grandes acontecimentos serão decisivos para isso, como o acordo climático. Nossa terra precisa de atenção. Entre atenção e esperança fico ansioso por preparar e finalizar um presente que vou dar ao mundo filosófico.

Será lançado em breve o novo portal da Filosofia brasileira. O página filosófica.com tem o objetivo de reunir um grande material na área da Filosofia e auxiliar estudantes e amigos do saber. Pretendo reunir vários trabalhos e compatilhar várias atividades com os amigos e amantes do saber. Com certeza um esforço de várias pessoas que estão trabalhando junto comigo para ampliar o interesse pela filosofia.

sábado, novembro 14, 2009

Blogesfera Minas - Será um sucesso!

Gente! Como vocês leram na minha postagem anterior, o blog faz parte da vida de qualquer intelectual, de qualquer pessoa que queira se expressar sem censura. A liberdade do blog é imensa e conto com seu apoio para ampliarmos esta rede de relacionamento virtual. Por isso, quero divulgar com todo o carinho o evento Blogesfera Minas que irá acontecer no Colégio Nacional. Fantástico! Vocês precisam participar. É gratuita a participação! Não percam! Será divertido!

Blogsfera Minas
Dia 28 de novembro – SábadoDas 14 às 18 horas
Av. Araguari, 100 – Anfiteatro do Colégio Nacional
Inscrição: R$ 1,00 (doado para a ONG Um por todos)
http://www.blogsferaminas.com/

sexta-feira, novembro 06, 2009

Blogar faz parte de nossa história

A cada ano, com o avanço da tecnologia, temos que nos adequar aos novos meios de comunicação. Desde a criação da imprensa, até o surgimento do computador, a palavra é uma forte arma de ação e posicionamento intelectual. Entretanto, a indústria do entretenimento transformou esta força da palavra em consumo. Não podemos deixar que isso continue. Agora, com o aparecimento da Internet, surge uma nova ferramenta brilhante e democrática. É o blog.
Adorno e Horkheimer diziam na Dialética que o rádio se colocava como democrático, mas na verdade não o era. O telefone seria muito mais livre que ele. Hoje, os blogs (se Adorno tivesse vivo talvez concordaria com isso) são democráticos porque permitem a expressão. Dizer o que pensamos sem censura, não vejo outro lugar melhor.
Pensando nisso, e para aqueles que ainda não sabem usar esta ferramenta, preparei um curso especial na Faculdade Católica. É um Workshop sobre Criação de Blogs e funcionalidades do Twitter. Terá duas turmas: uma no dia 12/11 às 8h e outro no dia 13/11 às 18h.
Informações e inscrições estão sendo feitas por meio do site: http://catolicaonline.com.br/cursos
Acesse, conheça e PARTICIPE....

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um site de reflexão sobre vários assuntos. Seu objetivo é levantar debates e questionamentos acerca dos acontecimentos contemporâneos. Sugestões e comentários são bem-vindos.


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