terça-feira, janeiro 30, 2007

A festa da Carne


A festa mais tradicional do nosso país está chegando! É o CARNAVAL.

Depois do futebol, o carnaval é o evento mais freqüentado pelos brasileiros e estrangeiros. Realmente é imperdível não participar de tamanha alegria que envolve todas as pessoas que gostam do carnaval. Mas hoje, a festa que vemos pela televisão não representa mais a tradicional festa que havia nas ruas das cidades. Um carnaval em que as pessoas se fantasiavam como queriam e saiam para as praças para se divertirem com os vizinhos.

O carnaval que a maioria dos brasileiros procuram é aquele das arquibancadas onde se possa ver o desfile das escolas de samba com mulheres quase nuas. Um carnaval de status social, onde o rico tem lugar privilegiado e o pobre tem que permanecer com os seus na chuva (quando chove claro!). Pois, o que interessa é a diversão proporcionada pela dinheiro e não a significação cultural.

O carnaval de rua possui um significado cultural muito importante. É no momento de fantasias que os papeis sociais podem ser superados. Em dias normais, o patrão é patrão e a empregada, empregada. No carnaval, a empregada vira rainha e o patrão se fantasia com aquilo que inconscientemente gostaria de ser, mas que na vida real não é possível. Assim, o carnaval popular proporcional certa mudança de classe. Pelo menos, uma vez no ano os pobres não se sentem oprimidos!

Agora, o carnaval que existe nas grandes cidades é voltado para o entretenimento e o consumismo. Quem tem dinheiro se diverte, quem não tem observa! Isso significa que o capitalismo, quanto mais avança, mais homogenisa a cultura. Um perigo que temos que estar atentos, para não perdermos nossa identidade!

sábado, janeiro 27, 2007

Minha saída!

Sexta-feira, dia 26, quando cheguei no ponto de ônibus, notei que o havia perdido. Estava indo para o grupo de estudos sobre teoria crítica na UFU, sempre as sextas às 15h e, geralmente, eu saia do ponto ás 14:30h, mas nesse dia acabei não indo, pois o próximo ônibus só apareceria ás 15:30h. Assim, ia voltando para casa chateado, mas na rua onde moro, mora também o prof. Bento que trabalha na UFU. Decidi visitá-lo. Ele estava cuidando do jardim. Me convidou para entrar e me apresentou sua esposa, uma bela artista plástica.
Sua casa era um ambiente agradável, bom de se viver. Ficamos conversando sobre nossas vidas, sobre minha decisão de saída do seminário e da vida que agora tenho que enfrentar. E realmente, não sei o que me espera nessa nova etapa da vida. Sua esposa me perguntou: "Por que você desistiu?". O professor Bento, sempre feliz e sorridente, disso que "até hoje não tinha resposta a essa pergunta", pois ele também foi seminarista. Então, no jardim da casa, respondi: "Bom, eu estava muito inseguro e batiam incertezas em mim sobre a vocação, e também conheci uma pessoa maravilhosa que fiquei profundamente atraído, então resolvi sair para viver outra experiência". Foi essa a minha resposta.
Agora, estou vivendo uma vida totalmente diferente, algo que eu nunca imaginava viver, pois acreditava que seria aquilo que pensei que seria. Hoje, tenho a convicção de que não se deve ser orgulhoso e acreditar cegamente no futuro. Aprendi que temos incertezas, dúvidas e que a todo momento estamos lutando para superar as fraquezas da nossa alma.
O meu período de seminário foi muito bom. Aprendi bastante e cresci espiritual e humanamente. Não foi um tempo perdido. Foram vivências que, um dia, terei o prazer de escrever para recordar. Desse modo, estou me dedicando a viver um novo jeito. Estou em fase de descobertas e isso me deixa ansioso e feliz. Estou amando muito minha namorada e continuando a trabalhar na igreja. Isso não vou deixar.
Só achei interessante não ter conseguido ir ao grupo de estudos, mas poder compartilhar com outra pessoa que viveu o que estou vivendo, uma nova experiência. Viva você também aquilo que seu coração está sentido, pois se arrepender mais tarde é muito triste.

sexta-feira, janeiro 26, 2007

O que é a Verdade?



No início da história da Filosofia, os filósofos começaram a se perguntar sobre as mais diversas questões que permeiam o pensamento humano. Uma delas é sobre a verdade. O que é a Verdade?
Platão inaugura seu pensamento sobre a verdade afirmando: “Verdadeiro é o discurso que diz as coisas como são; falso aquele que as diz como não são”. É a partir daí que começou a se formar a problemática em torno da verdade.
No dicionário Aurélio encontra-se a seguinte definição de verdade: “Conformidade com o real”. Talvez merecesse um comentário mais amplo, a afirmação acima de Platão, mas partindo do conceito dado pelo dicionário pode-se chegar as seguintes conclusões: Não existe uma verdade cujo sujeito possa ser o seu detentor; a Filosofia chegou a distinguir cinco conceitos fundamentais da verdade: a verdade como correspondência, como revelação, como conformidade a uma regra, como coerência e como utilidade. Falar-se-á um pouco de cada uma.
A verdade como correspondência diz respeito à afirmação platônica que foi citado no inicio deste texto. É a verdade que garante a realidade, ou seja, o objeto falado é apresentado como ele é. Aristóteles diz que: “Negar aquilo que é, e afirmar aquilo que não é, é falso, enquanto afirmar o que é e negar o que não é, é verdade”. Essa definição de verdade é a mais antiga e divulgada.
A concepção de verdade, sob o aspecto da revelação, surge num tempo em que empirismo, metafísica e teologia apresentaram novas formas de se entender a realidade. Trata-se de uma verdade que sob a luz empirista se revelou ao homem por meio das sensações, e sob a perspectiva metafísica ou teológica mostrou o verdadeiro por meio de um Ser supremo, Deus, que evidencia a essência das coisas.
A conformidade apresenta uma verdade que se adapta a uma regra ou um conceito. E esta noção de conformidade foi usada pela primeira vez por Platão: “... tudo o que me parece de acordo com este, considero verdadeiro,...” e retornando a história, Santo Agostinho afirma: “existe, sobre a nossa mente, uma lei que se chama verdade”. Em suma, a verdade, no sentido da conformidade, deve-se adequar a uma regra ou conceito.
Já na metade do século XIX, surgiu no movimento idealista inglês, a noção de verdade como coerência. Essa idéia de coerência foi difundida pelo filósofo Bradley. Ele critica o mundo da experiência humana partindo da idéia de que “o princípio de que o que é contraditório, não pode ser real”, isso o fez aceitar que “a verdade é coerência perfeita”.
Por fim, achou-se o pressuposto de verdade como utilidade, formulada primeiramente por Nietzsche: “Verdadeiro não significa em geral senão o que é apto à conservação da humanidade. O que me deixa sem vida quando acredito nele não é a verdade para mim, é uma relação arbitrária e ilegítima do meu ser com as coisas externas”. A preocupação é que a verdade como utilidade seja algo que faça bem toda a humanidade. O que não é de práxis para a conservação do bem, podemos dizer que é verdade?
Toda essa investigação sobre a verdade limita muito esse tema. A verdade possui inúmeros significados, dependendo da pessoa que a defina. Ela continuará sendo uma das questões mais abordadas nestes últimos tempos.
Estamos em um mundo de grandes transformações. Muitas ideologias são nos apresentadas como verdades inquebrantáveis. Somos forçados a acreditar na mídia, na política e na manifestação religiosa. Isso acontece de uma maneira inconsciente.
O que nos libertará de toda essa prisão é nossa atitude como sujeitos formadores de consciência crítica. A questão é ir afundo sobre aquilo que nos é apresentado. Fugir do senso comum e criar opiniões próprias. Depende de você encarar isso como verdade.

quarta-feira, janeiro 24, 2007

Curso de excelência profissional



Ontem, e ainda essa semana e na outra, estou participando de um curso de excelência profissional global oferecido pela ith, ong que atua em Uberlândia com iniciativas sociais. Estou gostando muito de participar desse curso, de ver as pessoas realizando as mais inesperadas tarefas e dinâmicas. E estou aprendendo uma coisa: o homem sabe ser criativo, sabe superar obstáculos e realizar grandes coisas, mesmo que isso choque sua inibição.
É, as pessoas têm constrangimento de se expor para outros indivíduos. O organismo começa a denunciar o nervosismo, com suor e tremedeiras. Isso é mais uma prova de que o psíquico mexe com o físico.
Mas de uma coisa eu sei, quando estamos em pressão, coisas incríveis acontecem. Deve ser o instinto. Afinal, não deixamos de ser animais também, que nascem com instinto para poder sobreviver em momentos de perigo.
Ver todas essas pessoas se divertindo e, ao mesmo tempo, aprendendo, me leva a pensar que é possível uma transformação pessoal através dos exemplos e das dinâmicas. Só que não basta observar e escutar, é preciso praticar. Os desafios são enormes, mas vamos conseguir superar.
Estou louco para continuar o curso e ver onde isso vai parar.

terça-feira, janeiro 23, 2007

Sobre escrever um blog


Quando terminei minha graduação em Filosofia, fiquei a pensar como poderia estar contribuindo para o amadurecimento do pensamento humano. Fiz muitos questionamentos a respeito da melhor maneira possível de se fazer conhecido das pessoas e de transmitir a elas meus pensamentos. Foi então que resolvi investir na Internet, que é o lugar onde centenas de pessoas se encontram para trocar informações.

Soube que existe uma maneira de criar um site simples, onde ideias poderiam ser publicadas e acessíveis a qualquer pessoa. O nome dessa maneira é blog. Blog é um diário pessoal onde você publica história e pensamentos seus. Achei isso interessante e aderi a ideia.

Claro que isso não vai ser o meio exclusivo de publicação de meus pensamentos. Estou em sintonia com os vário meios de comunicação disponíveis. Tentarei ser o mais comunicativo possível, afinal, é preciso que meus projetos cheguem aos seus objetivos.

Por isso, escrever um blog é desafiar o que era antigo, quebrar paradigmas e inaugurar o que é novo. O futuro é incerto, não sei para onde vai a humanidade, mas estou me preparando para contribuir com alguma coisa. Mesmo que não tenha meu nome em inúmeros lugares, o que me interessa é contribuir com a ética, com a política, com o social e a fé. Afinal, Filosofia é "amigo do saber", e procuro ser sempre amigo desse saber!!!

Minha Filosofia é

um site de reflexão sobre vários assuntos. Seu objetivo é levantar debates e questionamentos acerca dos acontecimentos contemporâneos. Sugestões e comentários são bem-vindos.


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