domingo, janeiro 06, 2008

O problema da panfletagem


Quem não se incomoda, durante as eleições, com a enorme sujeira feita pelos candidatos nas ruas da cidade. São toneladas de papel jogados em vias públicas que causam transtorno e mal-estar aos cidadãos. Também, quem não se incomoda com os panfletos de propaganda que são distribuídos nos vários centros econômicos das grandes cidades. Pegar esses panfletos sem utilidade e depois jogá-los no chão é o grande problema das metrópoles hoje.

Preocupado com isso, principalmente em minha cidade Uberlândia, desenvolvi um trabalho de campo para encontrar uma resposta a tal problema. Fiz alguns questionários e sai a procura de informação. Fiquei surpreso com o fato de que as pessoas são menos conscientes da responsabilidade com a limpeza pública do que os próprios órgãos municipais. Antes, não havia lixeiras no centro da cidade, onde as pessoas pudessem se livras do lixo indesejável. Agora que foram instaladas, parece que ninguém da bola para as mesmas. Muitos continuam jogando lixo nas ruas.

O problema dos panfletos é comum em uma sociedade de consumo. Na esperança de se conseguir mais compradores, muitas lojas investem em propaganda. A lógica do capitalismo prega tal atitude de concorrência. Quem paga por isso, claro, não são as empresas, mas o meio ambiente, vitimado pelo elevado número de sujeira. Essa mesma sujeira entope boeiros e causa inundações, mata pessoas e resulta em estragos. A conta realmente é paga por nós.

Durante as entrevistas, a maioria disse que os responsáveis pela sujeira no centro da cidade, com certeza, eram os pedestres que não jogavam o lixo nas lixeiras. Os que entregam panfletos nas calçadas também possuem a mesma opinião, uma vez que são obrigados, por lei, a só entregarem seus panfletos mediante consentimento do transeunte. Além disso, deve vir especificado no papel uma nota orientando o leitor a não jogar papeis em vias públicas. Em suma, orientações existem, só não existe bom censo.

O resultado da minha pesquisa foi a necessidade de criarmos políticas de intervenção severa para com as pessoas. Multas ou apreensões. Entretanto, apoio iniciativas como campanhas de conscientização para com as pessoas, sugerindo apresentações artísticas que suscitassem no público uma melhor visão das coisas. Procuro assim garantir que a reflexão penetre e faça frutificar novos cidadãos, responsáveis pelo meio-ambiente em que vivem. Acredito que estaremos construindo uma cidade melhor quando todos participam.

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