domingo, fevereiro 17, 2008

Eleições presidenciais nos Estados Unidos: Obama


Por que as pessoas no mundo todo acompanham os bastidores das eleições presidenciais nos Estados Unidos? Quais os motivos para tanta curiosidade sobre o novo e futuro presidente da maior potência econômica do mundo? Durante semanas, as prévias norte-americanas foram destaque em muitos jornais. Muito mais lidas são as reportagens sobre a disputa de Obama e Hilary Clinton como candidatos pelo partido democrata. Notoriamente, Obama vem se mostrando um adversário difícil para Hilary e conquistando muita popularidade. Entre nós há certa simpatia pelo candidato Obama, justamente pelo fato de ser um representate do sentimento de mudança cultural, que também motivou a escolha de presidentes populares na América Latina.

A maior parte das pessoas, mesmo aquelas que cresceram economicamente, possuem ainda o sentimento de liberdade e igualdade que norteia toda política liberal. Todos esperam que as injustiças do passado sejam remediadas pela competência e capacidade daqueles que foram um dia, excluídos do privilégio social. Obama representa para muitos jovens e velhos um símbolo de libertação e de reconhecimento da capacidade cultural e respeito a direfença. Por ser negro, sintetiza todo o passado de dor e sofrimento que os povos africanos sentiram com a escravidão e com o preconceito.

Na América Latina, o mesmo sentimento de superação paira sobre o círculo das comunidades que acreditam em políticos de origem humilde e simples, como um sinônimo de mudança. É a vez de dar oportunidade aos grupos cuja ideologia prega o fim do preconceito e da aristocracia fundiária e rica. A ascensão de presidentes como Lula, Evo Morales e Hugo Chaves representa esse sentimento que faz as pessoas quererem a vitória de Obama, mesmo não sendo partidários da política externa, há muitos anos, fria e imperialista nos EUA.

As pessoas, em todo mundo, vêem que um político com causas parecidas e com uma imagem menos característica de um déspota seria capaz de mudar a imagem americana frente aos últimos acontecimentos militares da política Bush. Não menos corro o risco de afirmar que os norte-americanos buscam uma nova imagem para o país. Eles sabem que o mundo, e principalmente o mulçumano, não morre de amores pelo exemplo de progresso ao longo dos anos conquistado pela república americana. Para por fim a esse papel de inimigos do mundo, a escolha de Obama seria crucial em relação aos interesses internacionais da América.

Um país influente economicamente, deseja mais que estabilidade, também quer uma imagem limpa e melhor. Os norte-americanos se preocupam muito com a aparência, e sabem como ninguém, da importância disso para o mundo. A tendência é que Obama seja um forte candidato à casa branca e, a meu ver, seria uma experiência interessante, uma visão nova da América que abalaria os mais pessimistas teóricos da ciência política. Cabe aguardar os resultados e as eleições que prometem ser muito bem apreciadas pelo mundo inteiro.

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