domingo, março 29, 2009

Os desafios da vida

Para muitas pessoas, vencer os desafios da vida representa uma conquista brilhante e ao mesmo tempo cheia de esforço e dedicação. As etapas a serem superadas são variadas, mas os pontos cruciais desta empreitada originam-se da necessidade de se fazer escolhas, na ousadia de confiar em alguém e ser humilde em aceitar as diversidades e acontecimentos da vida, sejam estes bons ou ruins.


Todos nós sabemos que escolher não é fácil. E somos a todo instante convidados a opinar sobre determinando assunto ou objeto. Já dizia o filósofo que estamos condenados a fazer escolhas e que ao fazê-las, o outro se torna nosso inimigo, porque nunca satisfazemos à vontade alheias. Mas, isso não significa que escolher seja ruim. Pelo contrário, estamos em processo de compreensão e amadurecimento de nossa razão. Na verdade, é a partir do intermédio da razão em nosso agir que as escolhas acontecem. Ao experimentar as coisas, sentimos necessidade de opinar sobre. O poder dos sentidos não deve ser superior ao nosso intelecto, que tem a primazia de decidir sobre nossa vontade sensível.


Contudo, mais difícil do que escolher é contar com alguém. Confiar no outro não é tarefa fácil. Desde milênios, o homem vem tentando, sem sucesso, uma reconciliação consigo mesmo. Isso é difícil numa sociedade extremamente egoísta e objetificada. A tendência geral é identificar no outro um objeto, um utensílio. A confiança não é construída e sim fabricada arbitrariamente. O sujeito quando não é mais útil perde seu valor e é desprezado. Em proporções maiores, a desconfiança gera a guerra. É melhor atacar do que esperar que o outro ataque para eu revidar. No fundo, o que acontece hoje com as grandes nações, inclusive com o Irã e a Coréia, é a tentativa de atacar ou se proteger contra as ameaça vindas de países distantes. Em suma, ninguém está satisfeito com ninguém.


Acredito que se superarmos esta etapa da desconfiança, pode-se progredir rumo à aceitação dos fatos históricos e naturais do percurso terrestre. O homem em particular tem muita dificuldade em aceitar os fatos da vida. De maneira geral, falta ainda acreditar que se as coisas estão ruins agora, pode ser que no futuro elas melhorem. Nem tudo está perdido. A esperança é a última que morre. Eu aceito com carinho, as limitações, a falta de dinheiro, o custo alto de se manter em um determinado patamar. Não tem como mudar da noite para o dia, apenas com um estralar de dedos. Aceitar os erros e as diversidades da vida é aprender com eles e se tornar um cidadão melhor a cada dia.


Esta pequena reflexão que faço, às vezes pode estar fora de conexão com a realidade individual. Você que teve paciência para ler este texto é vitorioso, porque hoje as pessoas não conseguem encontrar mais tempo para a meditação ou interiorização profunda. Quando o ser humano se descobre a si mesmo, quando ele se volta para o fundo do seu coração, ele consegue construir um mundo melhor. Destruímos as coisas por não saber valoriza-las como deveríamos. O simples fato de você estar à procura de novos paradigmas e novos conceitos ajudam a entender este mundo caótico em que vivemos. Parabéns meu amigo e continue assim.

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