quinta-feira, março 20, 2008

É difícil escrever um texto...

Somos milhões de pessoas no mundo, mas poucos se atrevem a escrever um livro, um artigo ou um texto de duas linhas. Sabemos das dificuldades inerentes à falta de escrita e leitura das pessoas e, principalmente, de alguns governantes que não vêem com bons olhos essa prática saudável. Escrever faz bem, ajuda a superar muitos problemas. Entretanto, ainda não é praticada como deveria ser. O medo, o receio e a falta de orientação prejudicam quem tem vontade, mas não têm os suportes necessários para concretização de tal sonho.

Já dizia uma velha frase célebre, de que o homem, no final da vida, teria que “plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro”. Essa frase sintetiza o projeto primordial da humanidade; o respeito à natureza, a continuidade da vida e o conhecimento. O livro, apensar de termos hoje uma tecnologia avançada e sofisticada de preservação dos dados, permanece sendo o principal instrumento de referência e pesquisa do conhecimento para o mundo. O magnata da informática, Bill Gates, atesta isso, ao afirmar que seus filhos possuem computador, mas nunca deixaram de ter livros, sempre terão livros para estudar.

Outro empecilho para o ato de escrever é a falta de criatividade. Mas a falta de criatividade está ligada ao comodismo e a rapidez dos tempos modernos. Poucos têm o privilégio de se preocuparem apenas com seu trabalho literário e não com coisas de inteira sobrevivência. Mais uma vez se volta àquela velha situação dos intelectuais gregos, onde para ser um filósofo era necessário gozar do ócio. Os grandes pensadores tinham escravos que faziam o serviço inferior, que no entanto é indispensável para sobrevivência. Hoje, as crianças que poderiam ter a oportunidade de se dedicarem mais aos estudos muitas vezes têm que trabalhar para garantir o sustento da casa. Isso não é fantasia, é realidade mesmo.

Voltando a rapidez dos tempos modernos, se eu perguntasse a alguém o que ele preferiria, escrever ou ler um livro, as respostas, ou a maior parte delas, seria que é melhor ler um livro do que escrever um, “demoraria de mais”, afirmariam alguns. De fato, ninguém quer se dar ao trabalho de desenvolver um livro de 100 páginas. Existem tantos exemplares nas livrarias, não haveria necessidade. Escrever seria para poucos que gostam da coisa. No mundo em que vivemos, posso defini-lo como o mundo da coisa pronta. Tudo que você precisa é só ir em uma estante e comprar. Esse ato, tal fácil de se realizar esconde a sedimentação da preguiça.

O que falo aqui não é coisa nova. Muitos intelectuais já escreveram sobre o consumo, sobre o mundo moderno, sobre tudo. Apenas destaco que mesmo escrevendo e alguns lendo, essas coisas não se tornam profundas. Por exemplo, o incentivo a cultura, a literatura é excelente, mas não deixa de ter um viés comercial, porque o livro se tornou produto. Quando o livro se torna produto, não vale à pena ler, pois só é para satisfazer ou ajudar alguém a se superar, algo que particularmente acho, deveria ser da própria potencialidade das pessoas.

Um escritor pobre, desconhecido, que escreve coisas legais, literatura fantástica, não tem seu trabalho reconhecido, pois as editoras se tornaram indústria e só publicam livros de pessoas famosas, que estão na mídia, afinal, venderia mais um livro de um ex-bigbroder do que de um José Silva que mora no interior de Minas Gerais, numa cidade chamada Pradolândia.

É por meio de concepções tristes como essa que fica difícil escrever algo aqui no Brasil, como no mundo todo. O interesse econômico impera soberano e forte, que conseqüentemente faz a gente consumir lixo, porcarias e coisas do gênero. Não dá para ser escritor sério aqui no Brasil enquanto persistir essa indústria do entretenimento, que reduz a literatura num objeto de deleite. É essa a minha indagação.

quarta-feira, março 05, 2008

O dia internacional da Mulher

A tese de muitos que defendem o fim do preconceito e da descriminação sexual é o respeito para com as potencialidades do próximo. O próximo é aquele que precisa de atenção especial porque não se encaixa nos “padrões” de integração da sociedade moderna. Nossa sociedade está repleta de um sentimento positivista de nivelamento, aceitação e adaptação. Muita gente cultiva o sentimento da intolerância social, onde o diferente não tem vez. A mulher é considerada por muitos como um ser sem opinião num mundo tipicamente machista.

De fato, nós vivemos uma realidade ainda alicerçada nos molde de um “patriarcalismo”, cuja figura masculina exerce pleno poder sobre as demais criaturas vivas. A mulher tem pouco a colaborar na “administração” natural do homem. Seu papel foi restringido aos cuidados com a família e com o próprio companheiro. Toda uma culta e um tabu foram se constituindo ao longo da história. Os gregos não viam a mulher como os mesmos direitos e privilégios dos homens. Cada um tinha seu papel na divisão social, estritamente definido, qualquer coisa diferente disso era errado. A própria Filosofia se tornou um meio de corroborar esse preconceito. Quantos de nós que fizemos Filosofia, ouvimos falar de mulheres filósofas no tempo grego – considerado por muitos como o início da Filosofia – e que tivessem alguma repercussão. Se existiram mulheres pensantes, não sei responder, mas que o preconceito era racionalmente explicado, isso sim fica bem claro. Quem ler Platão e Aristóteles pode perceber o que digo.

Não podemos esquecer que a base de nossa cultura é grega. Mesmo com o nascer de um novo tempo, uma nova era dominada pelo espírito científico, nossa individualidade continuava seguindo os parâmetros gregos. Quando as mulheres lutavam por igualdade, por participação na vida econômica dos homens, não é que estes a impediam de trabalhar, pelo contrário, muitos industriais até preferiam que as mulheres abarrotassem seus postos de trabalho, uma vez que os salários pagos as mulheres eram menores que os homens. O que os homens não admitiam era a mulher na esfera pública da administração. Isso era um cargo que só a eles competia. A luta feminista foi então direcionada ao direito das mulheres poderem votar e serem candidatas a cargos públicos.

Hoje, ainda temos um número muito pequeno de mulheres na vida política e também na administração de grandes corporações industriais. Prevalece em muitos os mesmos sentimentos culturais herdados dos gregos. Camuflados na forma de leis acessíveis e de mecanismos jurídicos de integração, o preconceito ainda é visível em muitos setores. A mídia apenas encobre ou mostra fatos isolados, porque ela também é dominada por um universo tipicamente masculino.

As mulheres querem seu espaço na administração, querem mostra aos homens que são capazes de exercer cargos de chefia com o mesmo potencial e a mesma responsabilidade. No entanto, perdem os bons costumes que antes eram sua marca registrada. Além disso, adquirem os maus hábitos dos homens e aprendem a ser menos carinhosas e protetoras. Claro que existem exceções, entretanto, o direito que as mulheres querem conquistar pode se tornar uma cruz e uma nova configuração de vida. Não que eu queira recuperar os velhos tabus sexuais, mas me preocupo com a responsabilidade de formação que a mulher “administra” muito bem. Há um caminho muito espinhoso nas discussões de gênero, e um deles é o papel feminino no mundo hoje, tanto com relação à família, como no mundo dos negócios.

sábado, março 01, 2008

Uma vida, muitas esperanças...

Hoje quero escrever sobre um assunto que foge do foco deste blog. Eu o criei para discutir temas atuais e assuntos filosóficos. Mas ele também é um site pessoal. Por isso, vou dedicar este post para falar sobre o aniversário. Excepcionalmente, dia 01 de Março, estou comemorando mais um ano de vida. Desde o meu nascimento até aqui foram muitas conquistas e também muitas frustrações. Todavia, percebo que é por altos e baixos que vamos construindo nossa história. É isso que tento fazer, plantar e cuidar da árvore de minha história, podando, regando e limpando terreno.

Quando trilhamos o caminho da felicidade, não podemos esquecer que ela é apenas uma promessa. Isso porque não sabemos ao certo seu significado. Muitos confundem felicidade com prazer pessoal, dinheiro, estabilidade. Entretanto, todos esses itens apenas fazem parte do imediato, e para mim, felicidade é algo conquistado a longo prazo e com muito esforço. A única forma de sentirmos a felicidade que conquistaremos no futuro é por meio de figuras singulares, meigas e fantásticas, a saber, os nossos amigos. São eles que compartilham de suas trajetórias particulares todo o amor e carinho que precisamos para viver também a nossa trajetória. Os amigos são a metade da felicidade que conseguiremos ao final da vida.

O aniversário é um momento único para refletir o que foi feito e o que será feito a partir dessa data querida. Não podemos deixar de lembrar nossos amigos neste dia de festa. Sempre lembro de todos, mesmo aqueles que não mais vejo. Se por ventura, algum deles encontrar este blog e ler este post, se sinta acolhido e amado por mim. Eu nunca o esquecerei. Os que aqui estão chegando e lendo meus pequenos textos, sintam-se em casa como meus amigos. Muito obrigado por estarem aqui.

Este é meu primeiro aniversário depois que deixei o seminário de Filosofia. Quando saí, resolvi seguir um novo caminho, trilhar uma nova estrada em meu amadurecimento pessoal. Conversei com muitas pessoas, e hoje, a decisão que tomei for muito importante. Estou enxergando um novo mundo. Não deixei de ajudar e contribuir com a Igreja, mas sei que precisamos pensar um novo futuro para ela. Agora, quero ser feliz ao lado da Luana, minha namorada.Desejo dar e receber amor, de maneira que este amor se torne uma nova esperança para o mundo em que vivemos.

Ao completar mais um ano de vida, estou com inúmeros projetos. Dentre eles, terminar o meu mestrado e lecionar. Também escrever artigos e livros, junto com um projeto de Doutorado, para que assim possa eu contribuir ainda mais na comunidade acadêmica. Penso profundamente em dirigir minhas pesquisas para Ciências da Religião, uma vez que as pessoas podem descobrir muito sobre si mesmas com a atitude religiosa. Algo sério. Tenho certeza que a comunidade é o local de encontro e fraternidade entre as pessoas. Espero poder ajudar muito neste trabalho, desenvolvendo atividades sociais para todos independentes do credo ou visão política.

Por fim, quero agradecer aos amigos, família e colegas que sempre me apóiam, rezam e ajudam no meu percurso rumo à felicidade completa. Muito obrigado a todos. Estou feliz por saber que posso contar com vocês. E você que está lendo este post, sinta-se meu amigo também. Estamos todos no mesmo barco chamado Terra e precisamos nos unir para torná-la o melhor barco de se navegar.

Minha Filosofia é

um site de reflexão sobre vários assuntos. Seu objetivo é levantar debates e questionamentos acerca dos acontecimentos contemporâneos. Sugestões e comentários são bem-vindos.


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